UE: Ameaças híbridas debatidas por ministros da defesa

A NATO e a UE têm que ser verdadeiros parceiros estratégicos na prevenção em reação às ameaças híbridas, defendeu Azeredo Lopes, Ministro da Defesa Nacional, na reunião de Ministros da Defesa dos Estados-membros da União Europeia.

Conselho de Ministros da Defesa, Foto: © DR

A reunião, no Luxemburgo, teve como objetivo o debate das ameaças híbridas e a iniciativa de capacidades para apoiar a segurança e o desenvolvimento, indica, em comunicado, o Ministério da Defesa Nacional. A reunião foi coordenada por Federica Mogherini, Alta Representante da União Europeia, e onde também participou Jens Stoltenberg, Secretário-Geral da NATO.

Azeredo Lopes defendeu, na reunião, que “o reconhecimento das nossas vulnerabilidades às ameaças híbridas requer, agora, que trabalhemos, de forma calendarizada, para implementarmos uma abordagem integrada que sincronize os diferentes instrumentos da UE, como plataforma de fomento da resiliência às ameaças comuns”.

Para o ministro português é decisivo “partilhar informação atempadamente, melhorando os sistemas de alerta precoce e mantendo o quadro de conhecimento situacional”. Uma ideia que sublinhou na reunião.

“Portugal apoia uma rápida operacionalização” da União Europeia em conjunto com “os nossos parceiros na prevenção e gestão de crises”, dado que, sublinhou o Ministro da Defesa Nacional, a “segurança e desenvolvimento são elementos fundamentais para a promoção da paz e da estabilidade”.

As relações NATO-Rússia, cujo conselho está agendado para hoje, 20 de abril, Azeredo Lopes afirmou, citado em comunicado, que “Portugal sempre defendeu a necessidade de não se quebrar o diálogo, de se manterem pontes”, considerando que “é sempre positivo que duas partes, mesmo que divididas profundamente quanto a alguns tópicos, possam dialogar”.