UE: Decisão sobre vacina COVID-19 da AstraZeneca cabe à EMA

União Europeia aguarda decisão da Agência Europeia de Medicamentos sobre eventual ligação entre casos de tromboembolismo e a toma da vacina da AstraZeneca. Comissária Europeia para a Saúde e Segurança Alimenta indica que a segurança da vacina não é negociável.

UE: Decisão sobre vacina COVID-19 da AstraZeneca cabe à EMA
UE: Decisão sobre vacina COVID-19 da AstraZeneca cabe à EMA. Foto: © UE

A título cautelar vários Estados-Membros da União Europeia suspendem a vacinação com a vacina da AstraZeneca e, como refere Stella Kyriakides, Comissária Europeia para a Saúde e Segurança Alimentar, podem faze-lo pois a vacinação é uma competência dos Estados-Membros.

A Comissária afirmou hoje, 16 de março, em conferência de imprensa no âmbito de uma reunião sobre saúde da Presidência Portuguesa da União Europeia que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou que o número de efeitos colaterais da vacina da AstraZeneca não é grande em termos gerais. Neste caso, os efeitos colaterais dizem respeito a suspeitas de algumas dezenas de eventos de tromboembolismos que ocorreram em pessoas após a toma da vacina e dada possibilidade de estarem relacionados com a mesma.

Stella Kyriakides disse: “Como sempre confiamos nas recomendações da Agência que iremos receber quinta-feira (18 de março). A segurança para nós não é negociável e continuaremos a trabalhar com as empresas farmacêuticas para garantir a distribuição” da vacina.

Entretanto a Comissão Europeia reforça acordos com Pfizer que preveem “entrega de vários milhões de doses em março, de 4 milhões mais concretamente”. Dado que são esperadas mais vacinas no segundo trimestre “os Estados-Membros também têm de estar prontos para acelerar a distribuição”, tanto mais que foram “anunciadas 10 milhões de doses da Pfizer”. No total dos dois acordos com Pfizer o número de vacinas é de 600 milhões.

Previsão de vacinas para Portugal

A Ministra da Saúde, Marta Temido, refere na conferência de imprensa que está previsto que Portugal receba “no primeiro trimestre são 1,3 mil de doses“ e no segundo trimestre as que lhe couberem com base no princípio de distribuição de acordo com a população de cada país.

“Portugal optou por adquirir todas as quantidades de vacinas que podia adquirir em relação às vacinas que já estão em fornecimento exceto em relação à vacina da Moderna cujo contrato adicional tinha um prazo de entrega que já nos colocava no primeiro trimestre de 2022”, esclarece a ministra.

Certificado sanitário

Stella Kyriakides lembra que “estamos próximos do verão e os nossos cidadãos querem ter regras claras em relação às viagens e por isso vamos propor amanhã (17 de março) a proposta de certificado sanitário. Queremos ter sistemas de saúde mais robustos pois esta será a melhor saída para a pandemia.”