
A guerra de tarifas lançada pela Administração dos EUA levou a China a impor, em abril de 2025, restrições à exportação de sete elementos de terras raras e ímãs usados nos setores de defesa, energia e automóvel.
Eurodeputados debateram a decisão da China de impor as restrições às exportações de terras raras e aprovaram uma resolução onde consideram que a ação da China é injustificada e tem o objetivo de ser coercitiva, dada a posição quase monopolista do país em terras raras.
A China detém um quase monopólio na exportação de matérias-primas essenciais, elementos de terras raras e ímãs permanentes. Estes materiais são utilizados em indústrias como a automóvel e de defesa, mas também em turbinas eólicas, fones de ouvido e aparelhos de ressonância magnética. Atualmente a restrições impostas pela China já estão a prejudicar estes setores.
Em face da situação o Parlamento Europeu considera a necessidade de a União Europeia (UE) identificar, operacionalizar e fortalecer áreas em que detém vantagens críticas sobre a China em bens e tecnologias essenciais.
Foi manifestado pelos eurodeputados a preocupação com as exigências chinesas para com os importadores exigindo-lhes a divulgação de dados sensíveis.
Para o Parlamento, a Comissão Europeia e os Estados-membros devem acelerar a implementação da Lei de Matérias-Primas Essenciais. Uma lei que visa garantir que a UE tenha acesso seguro, diversificado e sustentável às matérias-primas.
A resolução aprovada também destaca a necessidade de a UE ativar projetos de mineração nacionais e insta a Comissão Europeia e os Estados-membros a avaliarem o nível mínimo de reservas estratégicas de elementos de terras raras. Os eurodeputados também consideram a necessidade de parcerias bilaterais sobre matérias-primas com países que cumpram elevados padrões de sustentabilidade e direitos humanos.













