Mais 9 países declaram-se contra decisão de Israel de ocupar militarmente Gaza

Mais 9 países declaram-se contra decisão de Israel de ocupar militarmente Gaza
Mais 9 países declaram-se contra decisão de Israel de ocupar militarmente Gaza. Foto: © OMS

A Austrália, Áustria, Canadá, França, Alemanha, Itália, Nova Zelândia, Noruega e Reino Unido declararam, através dos seus ministros dos negócios estrangeiros, que “rejeitam veementemente a decisão do Gabinete de Segurança israelita, de 8 de agosto, de lançar uma nova operação militar de larga escala em Gaza.”

Para os Ministros destes 9 países a ação de Israel irá a agravar a situação humanitária que já é catastrófica, mas também irá colocar “em risco a vida dos reféns e aumentará o risco de deslocamento em massa de civis.” Além disso, a ação de Israel anunciada pelo Governo é considerada vir “a violar o Direito Internacional Humanitário. Quaisquer tentativas de anexação ou de extensão de assentamentos violam o Direito Internacional.”

Os Ministros insistem que Israel e o Hamas bem como a comunidade internacional devem “envidarem todos os esforços para pôr fim a este terrível conflito, agora mesmo, através de um cessar-fogo imediato e permanente que permita o fornecimento de assistência humanitária maciça, imediata e desimpedida, enquanto o pior cenário de fome se desenrola em Gaza. O Hamas deve libertar todos os reféns sem mais demora ou condições prévias e garantir que sejam tratados humanamente e não submetidos a crueldade e humilhação.”

Os nove países lembram que “a situação humanitária em Gaza continua catastrófica”, e fazem um apelo “ao Governo de Israel para que encontre urgentemente soluções para alterar o seu recente sistema de registo de organizações humanitárias internacionais, a fim de garantir que estes atores vitais da ajuda humanitária possam continuar o seu trabalho essencial, em conformidade com os princípios humanitários, para chegar aos civis necessitados em Gaza.”

Os Ministros referem na declaração conjunta que os países estão unidos “no compromisso com a implementação de uma solução negociada de dois Estados como única forma de garantir que israelitas e palestinianos possam viver lado a lado em paz, segurança e dignidade.”

Assim, no entendimento dos Ministros, “uma resolução política baseada numa solução negociada de dois Estados exige a desmilitarização total do Hamas e sua completa exclusão de qualquer forma de governo na Faixa de Gaza, onde a Autoridade Palestina deve ter um papel central.”