Na Faixa de Gaza continuam sem parar os pesados bombardeios aéreos, terrestres e marítimos pelas forças israelitas. As Agências das Nações Unidas relatam constantes aumentos de vítimas devido a ataques a escolas, tendas e prédios residenciais, e a pessoas quando tentam aceder a alguns alimentos nos únicos pontos de distribuição.
Dados do Ministério da Saúde em Gaza indicam que, entre 13 e 20 de agosto, pelo menos 400 palestinianos foram mortos e 2.683 ficaram feridos. Assim, o número de mortos e feridos entre palestinianos, desde 7 de outubro de 2023, é de pelo menos 62.122 mortos e 156.758 feridos.
O Ministério da Saúde em Gaza observou ainda que o número de mortos e feridos entre pessoas que tentavam obter alimentos aumentou para 2.018 mortos e para mais de 14.947 feridos, desde 27 de maio de 2025.
Os registos do Escritório de Direitos Humanos da ONU apontam que, desde o estabelecimento de um sistema de distribuição militarizado de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em 27 de maio e até 18 de agosto, pelo menos 1.889 pessoas – a maioria homens e crianças – foram mortas durante a tentativa de recolha de alimentos em Gaza – 1.025 perto de locais de distribuição militarizados e 864 ao longo de rotas de abastecimento de comboios de camiões – a maioria terá sido morta pelos militares israelitas, sem as mesmas representassem qualquer ameaça.
Também, os dados das duas primeiras semanas de agosto indicam que ocorreram mais de 13.000 internamentos de crianças com desnutrição aguda, o dobro do número de internamentos registadas em junho e um aumento de mais de seis vezes em comparação com as 2.000 internações em fevereiro. Em 7 de agosto, a UNICEF referiu que o ritmo de desnutrição era alarmante e exigiu que suprimentos nutricionais chegassem urgentemente às crianças antes que mais vidas fossem perdidas.
Em 15 de agosto, a Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou que as suas equipas na cidade de Gaza e Khan Younis estão a assistir a um aumento significativo e constante de pessoas desnutridos, e que para além da falta de alimentos faltam todos os tipos suprimentos terapêuticos para salvar vidas.
Dados do Ministério da Saúde de Gaza, até 20 de agosto, 269 mortes foram relacionadas à desnutrição, incluindo 112 crianças. Isso inclui 204 mortes desde 1 de julho de 2025, das quais 51 eram crianças, e três pessoas que morreram nas últimas 24 horas.
