Instituto Politécnico da Guarda teve elevada procura em alguns cursos na 1ª fase de candidaturas

Instituto Politécnico da Guarda teve elevada procura em alguns cursos na 1ª fase de candidaturas
Instituto Politécnico da Guarda teve elevada procura em alguns cursos na 1ª fase de candidaturas. Na foto: Sé da cidade da Guarda.

O número de novos estudantes já colocados no Instituto Politécnico da Guarda da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso de 2025 é de 278. Um número que reflete de forma significativa a tendência nacional de estudantes colocados nesta fase, e que no caso do Instituto Politécnico da Guarda é uma queda de 28%. Em 2024 foi de 61% e agora em 2025 foi de 33%.

No entanto, no Instituto Politécnico da Guarda houve uma procura elevada em várias áreas de formação, com os cursos de Enfermagem e Educação Básica a preencherem a totalidade das vagas disponíveis.

Os cursos de Mecânica, Informática Industrial e Desenho de Equipamento e Ambientes registaram taxas de ocupação muito positivas.

Também se verificou um crescimento no número de novos estudantes colocados na Escola Superior de Saúde, com 113 em 2025, contra os 101 em 2024. Desta forma a taxa de ocupação subiu de 65,2% em 2024 para 66,5% em 2025.

Dados do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, indicam que as Universidades perderam em média 6% e os politécnicos 20%. Da geografia pode verificar-se que continua a haver uma concentração de estudantes colocados no litoral, assumindo as instituições de ensino superior um crescimento para 76% do total de alunos colocados, face aos 72% de 2024.

“Tivemos bons resultados em alguns cursos, o que demonstra a confiança que muitas famílias continuam a depositar no Politécnico da Guarda. Mas é inegável que o aumento sucessivo de vagas nas grandes instituições do litoral criou uma concorrência profundamente desigual”, afirmou, citado em comunicado, Joaquim Brigas, presidente do Instituto Politécnico da Guarda.

“Esta realidade prova que a política de coesão territorial continua a ser um título vazio, apesar de existir um ministério com esse nome. Só com medidas concretas de promoção do ensino superior fora dos grandes centros será possível um país equilibrado e competitivo, capaz de assegurar às empresas locais inovação, ciência e qualificação de recursos humanos”, concluiu Joaquim Brigas.

Contudo, o Instituto Politécnico da Guarda prevê que na 2.ª fase de candidaturas do Concurso Nacional de Acesso, a maioria das vagas existentes nos cursos será preenchida. Entretanto, Joaquim Brigas assegura: “Faremos tudo para recuperar a dinâmica de procura e continuaremos a afirmar o Instituto Politécnico da Guarda como ator fundamental para o desenvolvimento num território de baixa densidade”.