Vai ser reforçado o financiamento da UE nos países da fronteira leste

Vai ser reforçado o financiamento da UE nos países da fronteira leste
Vai ser reforçado o financiamento da UE nos países da fronteira leste. Foto: © UE

A Presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, na visita à fronteira da Polónia com a Bielorrússia, em declaração à imprensa referiu haver uma total solidariedade da Europa para com a Polónia. Um país que disse: tem vindo a enfrentar “ataques híbridos deliberados e cínicos”.

Se analisarmos a longo prazo a nossa proposta para o novo orçamento europeu moderno para os próximos sete anos, triplicaremos o investimento na migração e na gestão e proteção das fronteiras. Os Estados-Membros com fronteira direta com a Rússia e a Bielorrússia receberão financiamento adicional da União Europeia (UE)”, afirmou Úrsula von der Leyen.

O compromisso do orçamento europeu é baseado de que a fronteira da Polónia com a Bielorrússia é uma fronteira da União Europeia e por isso a responsabilidade é de todos os Estados-Membros. Uma formalização que justifica outros investimentos.

Propusemos também um aumento de dez vezes no financiamento para a mobilidade militar. E, no geral, um aumento de cinco vezes no investimento em defesa. O orçamento a longo prazo tem um foco e uma ênfase muito claros e fortes na defesa, na mobilidade militar e na proteção das fronteiras. Mas, claro, temos de reduzir o tempo até que o próximo orçamento a longo prazo esteja pronto e precisamos agora de um aumento do investimento na defesa, e isso leva-me à tarefa que temos agora de cumprir. A primeira é o apoio financeiro … o nosso plano de investimento em defesa de 800 mil milhões de euros. Estes 800 mil milhões de euros podem e devem ser investidos até 2030”, afirmou Úrsula von der Leyen.

Mas a presidente da Comissão Europeia lembrou também que estão a ser aceleradas as compras conjuntas em meios de defesa no âmbito do programa SAFE de 150 mil milhões de euros, um programa de investimentos a que já se candidataram dezanove países, incluindo a Polónia.

O instrumento, os 150 mil milhões de euros, está totalmente subscrito e a Polónia será a maior beneficiária deste investimento comum para compras conjuntas. Portanto, por um lado, temos de cuidar da nossa própria postura de defesa. Podemos utilizar os 150 mil milhões de euros do SAFE para as nossas compras conjuntas, a nossa própria defesa e o reforço da nossa base industrial de defesa, mas também podemos utilizá-los para investir na base industrial de defesa ucraniana. Porque sabemos que é fundamental para nós que a Ucrânia se mantenha forte e que a nossa vizinhança se mantenha forte e protegida”, disse a presidente da Comissão Europeia.