A Organização Mundial da Saúde (OMS) referiu, em comunicado, que atualmente não há evidências científicas conclusivas que confirmem uma possível ligação entre o autismo e a toma de paracetamol durante a gravidez.
Também a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla inglesa) do Reino Unido, indica que, como referiu a sua Diretora de Segurança, Alison Cave, “não há evidências de que tomar paracetamol durante a gravidez cause autismo em crianças.”
Globalmente, quase 62 milhões de pessoas, ou seja uma em 127, sofrem de transtorno do espectro autista – um grupo diversificado de condições relacionadas ao desenvolvimento do cérebro – indicou a OMS, e acrescentou que embora tenha melhorado nos últimos anos a conscientização e o diagnóstico, “as causas exatas do autismo não foram estabelecidas, e entende-se que há múltiplos fatores que podem estar envolvidos.”
Mais, a OMS reforça que foram realizadas na última década estudos em larga escala, investigando as ligações entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o autismo, no entanto, e até o momento, não foi estabelecida nenhuma associação consistente.
Alison Cave referiu também que “o paracetamol continua a ser a opção recomendada para o alívio da dor em gestantes, quando usado conforme as instruções. Gestantes devem continuar seguindo as orientações atuais do Serviço Nacional de Saúde e consultar o seu profissional de saúde caso tenham dúvidas sobre qualquer medicamento durante a gravidez. Dor e febre não tratadas podem representar riscos para o feto, por isso é importante controlar esses sintomas com o tratamento recomendado.”
Também a OMS recomenda que “todas as mulheres continuem a seguir as orientações dos seus médicos ou profissionais de saúde, que podem ajudar a avaliar as circunstâncias individuais e recomendar os medicamentos necessários. Qualquer medicamento deve ser usado com cautela durante a gravidez, especialmente nos primeiros três meses, e de acordo com as orientações de profissionais de saúde.”














