No relatório sobre a situação em Gaza, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários refere que na noite de 27 de outubro, os restos mortais de um refém israelita em posse do Hamas e falecido em Gaza teriam sido entregues às autoridades israelitas. Assim, de acordo com os números, que têm sido divulgados pela imprensa israelita, os corpos de outros 12 reféns israelitas continuam na Faixa de Gaza.
Os serviços das Nações Unidas dão conta que as famílias palestinianas continuam a deslocar-se na Faixa Gaza, tendo observado mais de 483.700 deslocações do sul para a cidade de Gaza. Muitos continuam mais ao norte, em direção a Jabalya e Beit Hanun, na província de Gaza do Norte, e quase 100.500 teriam ocorrido em direção ao leste de Khan Younis. Para abrigo são usados locais improvisados, áreas abertas ou prédios em ruinas.
Sobre o transporte de ajuda é dado conta que as forças israelitas, ao redirecionarem todos os movimentos de caminhões com ajuda humanitária pelo Corredor Filadélfia e pela Estrada Costeira altamente congestionada leva a significativos atrasos no transporte de ajuda de assistência à população.
Entretanto, é dado conta que a distribuição de água potável no norte de Gaza está nos 4.600 metros cúbicos diariamente, com 585 pontos de água nas províncias de Gaza e Norte de Gaza.
Também, as equipas de água, saneamento e higiene já distribuíram 400.000 fraldas para bebés, 11.706 baldes de água, 6.661 kits de higiene doméstica, cerca de 158 mil litros e 18.144 absorventes higiénicos para as comunidades.
Até 25 de outubro, 4.389 mulheres grávidas e lactantes com desnutrição aguda teriam recebido alguma alimentação suplementar para tratamento, e mais de 134.000 mulheres grávidas e lactantes e crianças menores de cinco anos teriam recebido alguma alimentação suplementar geral para prevenção da desnutrição.
Dados do Cluster Logístico apontam que entre 24 e 26 de outubro, um total de 277 caminhões da ONU e parceiros teriam sido manifestados para entrada em Gaza, dos quais 227 teriam sido descarregados nas plataformas de passagem de Kerem Shalom e Kissufim. Pelo menos 37% de todos os caminhões descarregados transportavam assistência alimentar.
Em 26 de outubro, nenhum dos 40 caminhões do Programa Mundial de Alimentos manifestados do Egito foi descarregado, enquanto 91 caminhões de parceiros em Nitzana foram descarregados.
Um comboio de 15 caminhões Back-to-Back despachado da Jordânia, com kits de higiene e itens médicos, foi descarregado em Kerem Shalom no dia 26 de outubro. A carga de alimentos por esta rota, no entanto, continua retida por imposição das autoridades israelitas, com justificação de terem falta de escoltas israelitas para acompanhar os camiões.
Em 26 de outubro, as forças israelitas ordenaram que a partir de 27 de outubro, todos os movimentos de caminhões humanitários e comerciais de e para Kerem Shalom – que até então ocorriam primeiro pelo Corredor Morag e depois pela Estrada Salah Ad-Deen – passassem pelo Corredor Filadélfia e pela Estrada Costeira. Esta ordem levou a uma diminuição no transporte de bens humanitários.
