Cimeira da Comunidade da América Latina e do Caribe com a União Europeia procura alianças para fazer frente a ameaças

Cimeira da Comunidade da América Latina e do Caribe com a União Europeia procura alianças para fazer frente a ameaças
Cimeira da Comunidade da América Latina e do Caribe com a União Europeia procura alianças para fazer frente a ameaças. Foto: ©UE

Num mundo multipolar, a cooperação birregional entre a Europa, a América Latina e o Caribe é mais importante do que nunca, declarou o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, na abertura da IV Cimeira Comunidade da América Latina e Caribe – União Europeia (CELAC-UE), em Santa Marta, na Colômbia.

António Costa lembrou que que os intercâmbios comerciais desde 2013 aumentaram mais de 45%, e que a União Europeia é o primeiro investidor estrangeiro na região, com mais de 800 milhões de euros.

O programa de investimentos da União Europeia, o Global Gateway, já mobilizou mais de 31 milhões de euros para impulsionar as transições verdes, digitais e sociais. Atualmente há mais de 100 projetos concretos em marcha. Investimentos para promover as interconexões elétricas regionais, para avançar na conectividade digital, especialmente nas zonas remotas via satélite, e facilitar o acesso a supercomputadores para o desenvolvimento da inteligência artificial, para desenvolver a cadeia de valor do sargaço no Caribe, para fortalecer as capacidades locais de produção de vacinas e medicamentos, para aumentar nossas associações sobre Matérias-primas Críticas na região de uma forma limpa e sustentável. E também, investimentos para preparar e enfrentar melhor os fenómenos meteorológicos extremos”, declarou o Presidente do Conselho Europeu.

A cimeira serve para garantir a cooperação seja fortalecida e enriquecida, para reforçar as complementaridades e superar diferenças, e “para que possamos crescer juntos e nos proteger mutuamente num mundo cada vez mais instável e volátil”, e “porque juntos somos mais fortes”.

Os perigos do nosso tempo estão à espreita. Eles cercam-nos. Vivemos numa era de competição entre atores globais, alianças instáveis ​​e pressões económicas. Podemos observar as ameaças representadas pelas mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos, incluindo o recente e devastador furacão Melissa. Observamos as ameaças à democracia decorrentes do autoritarismo, da crescente desigualdade e das violações do Estado de Direito e dos direitos humanos fundamentais. Observamos as ameaças ao direito internacional e aos valores essenciais da Carta da ONU, como a soberania e a integridade territorial”, observou ainda António Costa.