Proposta de Orçamento anual da União Europeia para 2026 num cenário de dasafios

Proposta de Orçamento anual da União Europeia para 2026 num cenário de dasafios.
Proposta de Orçamento anual da União Europeia para 2026 num cenário de dasafios. Foto: Rosa Pinto

A União Europeia está a enfrentar desafios com implicações diretas no Orçamento para 2026. Depois dos Planos de Recuperação e Resiliência na sequência da pandemia de COVID-19, surge a deficiente competitividade da indústria europeia, as questões com as taxas tarifárias, a Guerra na Ucrânia, a perda de acesso a energia garantido e a um custo mais competitivo, sobretudo do gás proveniente da Rússia, o défice crónico no acesso a terras raras para as novas tecnologias e uma indústria de defesa deficitária.

Entre as prioridades estão as traduzidas no designado NextGenerationEU, nos apoios à Ucrânia, no Programa Europeu da Indústria de Defesa, nomeadamente na implementar o Plano de Reequilíbrio da Europa/Prontidão 2030.

A proposta de orçamento anual da União Europeia para 2026 considera verbas a serem distribuídas pelas diversas prioridades da UE:

53,3 mil milhões de euros para a Política Agrícola Comum e 0,8 mil milhões de euros para o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura, para os agricultores e pescadores europeus, mas também para reforçar a resiliência dos setores agroalimentar e das pescas e para proporcionar o âmbito necessário para a gestão de crises.

42,1 mil milhões de euros para o desenvolvimento regional e a coesão, a fim de apoiar a coesão económica, social e territorial, bem como as infraestruturas que apoiam a transição ecológica e os projetos prioritários da União.

14,5 mil milhões de euros para apoiar investimentos nas nossas pessoas e na coesão social através do Fundo Social Europeu Mais (FSE+).

15,6 mil milhões de euros para apoiar os nossos parceiros e interesses no mundo, dos quais, entre outros, 10,2 mil milhões de euros no âmbito do Instrumento de Vizinhança, Desenvolvimento e Cooperação Internacional – Europa Global, 2,2 mil milhões de euros para o Instrumento de Assistência à Pré-Adesão (IPA III) e 0,5 mil milhões de euros para o Mecanismo de Crescimento para os Balcãs Ocidentais, bem como 2 mil milhões de euros para a Ajuda Humanitária.

Outros 3,9 mil milhões de euros estarão disponíveis em subvenções no âmbito do Mecanismo para a Ucrânia, complementados por 7,2 mil milhões de euros em empréstimos.

14,1 mil milhões de euros para investigação e inovação, dos quais principalmente 13 mil milhões de euros para o Horizonte Europa, o principal programa de investigação da União. A proposta orçamental inclui também o financiamento da Lei Europeia dos Chips no âmbito do Horizonte Europa e através da redistribuição de recursos de outros programas.

4,6 mil milhões de euros para investimentos estratégicos europeus, dos quais, por exemplo, 3 mil milhões de euros para o Mecanismo Interligar a Europa, para melhorar as infraestruturas transfronteiriças, mil milhões de euros para o Programa Europa Digital, para moldar o futuro digital da União, e 298,6 milhões de euros para o InvestEU.

2,4 mil milhões de euros para despesas dedicadas ao espaço, principalmente para o Programa Espacial Europeu, que reunirá a ação da União neste domínio estratégico.

15,1 mil milhões de euros para resiliência e valores, dos quais 4,3 mil milhões de euros para o Erasmus+, para criar oportunidades de educação e mobilidade para as pessoas, 397 milhões de euros para apoiar artistas e criadores em toda a Europa e 333,6 milhões de euros para promover a justiça, os direitos e os valores.

2,2 mil milhões de euros para o ambiente e a ação climática, dos quais 813,6 milhões de euros para o programa LIFE, para apoiar a mitigação e a adaptação às alterações climáticas, e 1,3 mil milhões de euros para o Fundo para uma Transição Justa, para garantir que a transição verde funciona para todos.

2,7 mil milhões de euros para a proteção das nossas fronteiras, dos quais 1,3 mil milhões de euros para o Fundo Integrado de Gestão de Fronteiras (IBMF) e 1,1 mil milhões de euros (contribuição total da UE) para a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).

2,3 mil milhões de euros para despesas relacionadas com a migração, dos quais 2,1 mil milhões de euros para apoiar migrantes e requerentes de asilo, em consonância com os nossos valores e prioridades.

2 mil milhões de euros para enfrentar os desafios da defesa, dos quais principalmente 1 mil milhões de euros para apoiar o desenvolvimento de capacidades e a investigação no âmbito do Fundo Europeu de Defesa, 621,3 milhões de euros para o recém-criado Programa Europeu da Indústria de Defesa, incluindo o Instrumento de Apoio à Ucrânia e 261,3 milhões de euros para apoiar a Mobilidade Militar.

mil milhões de euros para assegurar o funcionamento do Mercado Único, incluindo 624 milhões de euros para o Programa do Mercado Único e 207,2 milhões de euros para o trabalho no combate à fraude, na área da fiscalidade e nas alfândegas. Como é financiado o setor da defesa no orçamento anual de 2026?