O crescimento económico da Roménia tem sido moderado indicou o Fundo Monetário Internacional (FMI), tendo o crescimento real do PIB abrandado para 0,9% em 2024, dado que o forte consumo privado, impulsionado pelo robusto crescimento dos salários, foi compensado pelas contínuas contrações nas atividades de investimento. Entretanto, o aumento dos défices orçamentais contribuiu para um défice crescente da balança corrente, mas a resiliência do sistema bancário melhorou com balanços mais robustos.
A análise feita pelo FMI concluiu que é esperado que a economia da Roménia cresça gradualmente de 1,0% em 2025 e de 1,4% em 2026. A inflação geral subiu para 9,9% em setembro de 2025, após libertação do preço da eletricidade e do aumento da taxa de IVA. O FMI perspetiva que a taxa de inflação se mantenha temporariamente elevada até meados de 2026.
“Os riscos para as perspetivas estão inclinados para baixo no que diz respeito ao crescimento e para cima no que diz respeito à inflação”, indicou o FMI, e considerou que “uma descida da notação de crédito soberano continua a ser um risco, dado que persistem as preocupações no que respeita à execução da consolidação orçamental prevista para 2025-2026 e à sustentabilidade das finanças públicas devido ao défice orçamental ainda elevado”.
No entanto o FMI também encontrou alguns aspetos positivos em perspetiva como “a forte implementação do ajustamento orçamental e dos projetos de investimento financiados pela União Europeia (UE) que poderão fortalecer o sentimento dos investidores e reduzir os prémios de risco mais rapidamente do que o esperado, resultando num maior investimento privado e crescimento.”
Mas o alerta é de que “um crescimento salarial mais forte do que o esperado, possivelmente impulsionado por uma inflação geral temporariamente elevada, poderá desancorar as expectativas de inflação e atrasar a normalização projetada da inflação subjacente.”














