Dacia Duster 1.2 TCe Prestige

Dacia Duster é uma opção a ter em conta quando se pretende um SUV. Jorge Farromba mostra nesta sua análise o que valoriza este modelo e o torna tão atrativo num mercado muito competitivo.

Dacia Duster 1.2 TCe Prestige
Dacia Duster 1.2 TCe Prestige. Foto: DR

Sobejamente conhecido e reconhecido como o SUV que catapultou a marca para a ribalta desde que a Renault a trouxe para o seu grupo, e lhe forneceu muito do know-how, motores e outros integrantes para tornar o Duster um modelo com atributos diferenciadores, não somente pelo preço, mas também pela estética, robustez e fiabilidade de soluções amplamente testadas na marca Renault.

Obviamente que num primeiro modelo, vários foram os itens que a marca percebeu que podiam ser melhorados e, neste momento, o Duster, apresenta-se ao mercado de modo a competir com propostas como o T-Roc, Captur, 2008 e mesmo o Kauai. Mesmo com a surpresa inicial de ter de alterar algumas especificações do modelo (principalmente nas molas dianteiras) para que este pagasse …classe 1 nas portagens! Sobre este tema, obviamente nem vale a pena qualquer comentário.

Se a filosofia «low-cost» ficou algo associada ao primeiro modelo, tal permitiu à marca promover o seu produto e garantir que fosse assimilado pelo mercado de forma bastante tranquila e ganhasse seguidores. Volvidos vários anos, os técnicos da marca resolveram rejuvenescer, melhorar e enquadrar melhor o seu produto e, para tal, socorreram-se de melhores materiais, maior insonorização, vidros mais espessos, nova direção elétrica mais apelativa que a versão hidráulica anterior, novos bancos, novos interiores.

E, esses “detalhes” fizeram toda a diferença, de tal modo, que hoje, o Duster está apto para uma nova concorrência que também se atualizou.

Dacia Duster 1.2 TCe Prestige
Dacia Duster 1.2 TCe Prestige. Foto: DR

Exteriormente a nova grelha, os vários apontamentos de iluminação LED, os detalhes estéticos laterais na carroçaria e os plásticos na cava da roda rejuvenesceram um modelo que mantém a base do anterior modelo. Atrás, uma nova apresentação dos faróis, que perdem em “robustez” o que ganham em elegância. Por dentro, as alterações foram também profundas, com novos bancos, maiores, mas sobretudo mais confortáveis e com maior apoio. A posição de condução também ela teve um incremento e o painel de instrumentos mais robusto, sobretudo com melhor ergonomia dos vários elementos, desde o monitor central até aos botões da consola central (muito bem conseguidos), diria que similares a alguns botões usados na aviação. O volante também ele evoluiu com nova pega, novos materiais e novos comandos. Podemos afirmar, sem qualquer dúvida, que a evolução foi enorme, mesmo contando que muitos dos materiais em plástico (de bom toque) são ainda rígidos.

Mas, é em andamento que se notam as maiores diferenças. Neste ensaio ao modelo 1.2 a gasolina de 125cv pudemos constatar que é, acima de tudo, um modelo muito honesto. Confortável, com uma direção que lê bem a estrada, com um comportamento correto para o segmento, sem um adornamento excessivo da carroçaria e sobretudo com a entrega de potência de modo muito linear.

A caixa de velocidades mantém o feeling Renault, precisa e bem escalonada, adaptando-se ao modelo em causa e à potência do mesmo. Seja em cidade ou estrada, o Duster enquadra-se muito bem e joga em igualdade com a concorrência. Também o equipamento muito completo desta versão permite um confortável enquadramento no automóvel no trânsito, com os airbags frontais, laterais e de cortina, aviso de angulo morto (!), abertura e fecho automático sem chave das portas, avisador pressão pneus, ar condicionado automático, estofos em pele, sensores de chuva, luz e de ajuda ao estacionamento com câmara traseira, limitador de velocidade, cruise-control, sistema de navegação.

Em termos de consumo, podemos optar pelo modo normal ou ECO e os consumos rondam os 6.4litros aos 100km.

Preço final é de 14.900€ aos 18.450€, na versão Prestige. Na opção diesel os preços vão de 17.000€ aos 21.500€.