ESA financia ideias de negócios com 750 mil euros

Agência Espacial Europeia, no âmbito da Earth Observation Entrepreneurship Initiative, vai financiar 50 projetos que utilizem tecnologia de Observação da Terra, no desenvolvimento de produtos ou serviços.

ESA: Observação da Terra
ESA: Observação da Terra. Imagem: © ESA/ATG medialab

A Agência Espacial Europeia (ESA) espera que empreendedores e novas startups apresentem ideias inovadores que recorram a tecnologia, dados ou imagens de satélites no âmbito da Observação da Terra para “aplicações em áreas como ambiente, poluição, energia, agricultura, transportes, saúde, entre outras”.

O concurso tem como objetivo selecionar 50 projetos para serem financiados com 15 mil euros cada. A candidatura ao concurso termina a 19 de junho, e pode ser feita em http://esa-eoei.org/

Com esta iniciativa de financiamento de projetos inovadores orientados para o recurso à Observação da Terra, a ESA pretende “ajudar na resolução de grandes desafios da nossa sociedade e, ao mesmo tempo, transformá-los em oportunidades de negócios com dimensão global”.

Os empreendedores neste concurso, depois de selecionados, vão desenvolver a “proposta técnica e um plano de negócios ao longo de três meses” para se candidatarem ao Centro de Incubação da Agência Espacial Europeia em Portugal, coordenado pelo Instituto Pedro Nunes, em Coimbra.

Mas para além do financiamento, os empreendedores selecionados “vão aceder a dados, ferramentas e conhecimentos específicos para refinar o seu conceito e protótipo, tanto do ponto de vista técnico como do modelo de negócio”.

Simonetta Cheli, da Agência Espacial Europeia, citada em comunicado, explicou que “o satélite é uma ferramenta única para observar o planeta, em áreas remotas, como o Ártico” ou a Antártida.

Destas regiões remotas os satélites podem “fornecer dados não só da extensão do gelo, mas também da espessura, que é um elemento de avaliação e previsão da evolução do sistema glaciar”.

Os satélites também permitem acompanhar “a evolução das florestas, as atividades como a desflorestação, a subida do nível do mar, da erosão costeira e da poluição marítima”, referiu Simonetta Cheli.

Com estes concursos, e com estes financiamentos de apoio à implementação de ideias, a ESA espera que os investimentos “de um euro no espaço tenha um retorno económico, de benefícios da economia associada a produtos e serviços baseados em informação de satélite, de dez euros”.