Estudo indica: consumidor não sabe usar protetor solar

O que é que entende por protetor solar? De acordo com um novo estudo, muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre o Fator de Proteção Solar inscrito nos rótulos dos produtos de proteção solar.

Proteção Solar
Proteção Solar, Foto: Rosa Pinto

A falta de conhecimento sobre o Fator de Proteção Solar (FPS) pode justificar por que é que algumas pessoas não estão a usar um protetor solar corretamente, o que pode aumentar o risco de cancro de pele.

De acordo com uma investigação de 2016 da American Academy of Dermatology (AAD), apenas 32% dos inquiridos sabia que um protetor solar com Fator de Proteção Solar (FPS) de 30 não fornece o dobro de proteção solar de um FPS de 15. Além disso, apenas 45% sabia que um maior FPS de protetor solar não o protege do sol mais do que um protetor solar com menor FPS.

“É importante que todos compreendam o que se encontra numa etiqueta de um protetor solar”, disse o dermatologista Abel Torres, presidente da AAD. “Um protetor solar com FPS de 30 corta até 97% dos raios do sol. FPSs mais elevados bloqueiam ligeiramente mais raios, mas um número maior de FPS não permite que se esteja mais tempo ao sol, sem reaplicar o protetor; todos os filtros solares devem ser reaplicados a cada duas horas ou após nadar ou suar”.
Enquanto 85% dos participantes no estudo da AAD sabia que o filtro solar deve ser recolocado após o banho, um novo estudo da Johns Hopkins University School of Medicine, publicado no Journal of the American Academy of Dermatology, em 16 de maio, indica que alguns consumidores podem não estar a usar corretamente o protetor solar.

Ao estudar 758 pessoas com historial de Cancro de Pele, Não Melanoma (CPNM), e 34.161 indivíduos de controlo, os cientistas verificaram que aqueles com uma história de CPNM eram mais propensos a procurar uma sombra, usar vestuário de proteção e aplicar protetor solar.

Os participantes com historial de cancro receberam queimaduras de forma tão frequente como os que não tinham história de CPNM. Por outro lado, os que procuraram sobras e vestiram roupas de proteção foram associados a menor hipóteses de queimaduras solares. “Enquanto isto, faz sentido que as pessoas com um historial de cancro de pele fossem mais propensas a se proteger do sol, referiu, citada pela AAD, a dermatologista Anna L. Chien.

Há vários tipos de proteção solar e no caso de haver uma grande dependência de protetor, este pode não ser suficiente, por não cobrir toda a pele exposta ou por não ser reaplicado nos momentos adequados e no número de vezes suficientes.

A AAD recomenda que todos se protejam do sol, procurando uma sombra; vestindo roupas de proteção, como uma camisa de mangas compridas, calças, um chapéu de abas largas e óculos de sol.

Além disso a AAD recomenda ainda o uso de um protetor solar resistente à água com um FPS de 30 ou superior. A aplicação do protetor solar deve cobrir toda a pele exposta às radiações UV.

O protetor solar deve ser aplicado 15 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas, ou após nadar ou suar. No entanto, fomos surpreendidos ao verificar que estes métodos não eram sempre eficazes”, referiu a dermatologista Anna L. Chien.