
O acordo sobre tarifas entre a União Europeia (UE) e os EUA é considerado ser “uma relação comercial e de investimento justa, equilibrada e mutuamente benéfica entre a União Europeia e os Estados Unidos”, referiu o Comissário Europeu para o Comércio e Segurança Económica, Relações Interinstitucionais e Transparência, Maroš Šefčovič.
A relação comercial entre a UE e os EUA é considerada uma das maiores do mundo, e com o acordo estabelecido o Comissário considera que irá “ajudar a impulsionar a reindustrialização em ambos os lados do Atlântico” e trazer “estabilidade e previsibilidade”.
O acordo estabelece um teto tarifário de 15% para os produtos da UE, o que é considerado ser o acordo comercial mais favorável que os EUA já acederam e assim, uma vasta gama de setores, como as indústrias estratégicas, como o automóvel, os produtos farmacêuticos, os semicondutores e a madeira vão beneficiar deste teto de tarifa.
Mas, o acordo também garante tarifas nulas ou quase nulas em produtos, como a cortiça, aeronaves e peças para aeronaves, produtos farmacêuticos genéricos e os respetivos ingredientes e precursores químicos, além de permitir que no futuro possam ser isentos de tarifas outros produtos.
Com o acordo, as tarifas sobre automóveis e peças passaram para 15%, a partir de 1 de agosto. Isto irá ajudar a indústria automóvel europeia a manter-se competitiva a nível global.
Entretanto, a Comissão Europeia indica que está a “tomar medidas concretas para remover as tarifas sobre todos os produtos industriais dos EUA e alargar o acesso ao mercado dos produtos do mar e dos produtos agrícolas dos EUA.”
A UE irá adquirir até 2028, como estipulado no acordo, Gás não liquefeito, petróleo e produtos de energia nuclear dos EUA, avaliados em 750 mil milhões de dólares. Também, está garantido que os EUA forneçam de forma constante, por aquisição, chips de IA aos centros de computação europeus, avaliados em pelo menos 40 mil milhões de dólares.
Além disso ficou definido no acordo que empresas da UE venham a fazer, até 2028, novos investimentos nos EUA no valor de 600 mil milhões de dólares. Bem como, ficou assegurado que a UE aumentará as compras em defesa dos EUA para reforçar a interoperabilidade da OTAN.













