Adobe desiste de comprar a Figma

Adobe abandona pretensão de aquisição da empresa de software de design de produtos interativos, Figma. A Comissão Europeia colocou objeções ao controlo da Figma pela Adobe.

Adobe desiste de comprar a Figma
Adobe desiste de comprar a Figma. Margrethe Vestager, responsável europeia pela política de concorrência. Foto: Rosa Pinto/arquivo

A Comissão Europeia indicou que tomou nota da decisão da Adobe e da Figma de rescindirem o acordo que previa através de aquisição o controlo exclusivo da Figma pela Adobe. Uma transação que estava a ser investigada pela Comissão Europeia e que agora termina.

Uma decisão da Adobe e da Figma que vem no seguimento das conclusões da investigação desenvolvidas pela Comissão e que levaram a uma comunicação de objeções enviada às empresas em 17 de novembro 2023.

Adobe e Figma são empresas líderes globais de software. Adobe e Figma competem hoje no mercado de software de design de produtos interativos. O software de design de produto interativo é usado para projetar sites, aplicativos móveis e outros produtos digitais.

Além disso, no futuro, o Figma poderá se tornar um concorrente da Adobe na edição vetorial e raster. Ferramentas de edição vetorial e ferramentas de edição raster são produtos usados ​​por milhões de usuários todos os dias para criar e editar fotos e ilustrações gráficas.

Ambas as empresas provaram ser bem-sucedidas e inovadoras. A Figma é líder de mercado em software de design de produto interativo e a Adobe em ferramentas de edição vetorial e raster com seus softwares Illustrator e Photoshop. Ao combinar estas duas empresas, a aquisição proposta teria encerrado toda a concorrência atual e impedido toda a concorrência futura entre elas. A nossa investigação aprofundada mostrou que isto levaria a preços mais elevados, qualidade reduzida ou menos escolha para os clientes.

É importante nos mercados digitais, bem como nas indústrias mais tradicionais, não apenas olhar para as sobreposições atuais, mas também proteger a concorrência futura. Isto aplica-se em particular a transações através das quais grandes empresas estabelecidas adquirem inovadores disruptivos de sucesso. Tomamos nota da decisão da Adobe e da Figma de abandonar o acordo”, referiu a vice-presidente executiva Margrethe Vestager, responsável europeia pela política de concorrência.