A VINCI Airports divulgou que o tráfego de passageiros na rede de Aeroportos VINCI diminuiu 70% em 2020, registando um total de 76,6 milhões de passageiros recebidos, contra 255 milhões em 2019. Uma quebra devido à crise sanitária mundial.
Esta diminuição de passageiros é o resultado da imposição de fortes restrições de viagem, postas em prática em todo o mundo, para combater a propagação do novo coronavírus que causa a COVID-19. Os aeroportos da rede com sede na Europa e na Ásia, onde as medidas restritivas foram as mais severas, relataram quedas mais acentuadas no tráfego (cerca de 72%) do que nos aeroportos das Américas (cerca de 61%).
O tráfego de passageiros registou um rápido aumento em países como a República Dominicana, que levantaram as restrições, refletindo uma ainda forte procura de mobilidade. Os aeroportos de Salvador, no Brasil, Sanford Orlando, nos EUA, Itami e Kobe no Japão também beneficiaram de alguma recuperação em viagens domésticas com início no verão de 2020. Na Europa, o aumento gradual do tráfego foi encurtado pelas novas restrições postas em prática no outono.
A VINCI Airports indicou que mesmo com a pandemia continuou a desenvolver-se:
- Em Londres Gatwick, a Wizz Air abrirá uma nova base em 2021, enquanto a EasyJet acrescentará mais quatro aviões à sua base, aumentado a sua oferta no aeroporto para 107 destinos em 28 países;
- Em Portugal, a EasyJet anunciou a abertura de uma base operacional em Faro no Verão de 2021, um sinal da sua confiança no potencial do país;
- Nos Estados Unidos, o contrato de gestão da VINCI Airports para os terminais E e F no aeroporto de Atlanta foi renovado e o contrato de exploração do aeroporto de Hollywood Burbank na Califórnia foi prorrogado por mais 10 anos.
Queda acentuada do tráfego devido à pandemia em 2020
Na Europa:
- O tráfego de passageiros na rede VINCI Airports em Portugal diminuiu 69,6% em 2020, em relação ao ano anterior. Depois de um pico durante o Verão, houve uma penalização no quarto trimestre causada pelas novas restrições impostas em França, Reino Unido e Alemanha, em particular.
- No Reino Unido o número de passageiros diminuiu acentuadamente em 2020 (-78,2% em Londres Gatwick e -72,2% em Belfast em comparação com 2019), devido às regras de quarentena impostas ao país. O tráfego permaneceu muito fraco no quarto trimestre, devido ao novo bloqueio a partir do início de novembro.
- O tráfego de passageiros caiu 68,2% em França. A procura, que se sentiu mais forte no verão no terceiro trimestre, foi reduzida no final do ano, devido ao segundo confinamento posto em prática desde o início de novembro até meados de dezembro – ainda que o tráfego tenha atingido um pico durante o período de férias de fim de ano.
- O tráfego de passageiros no aeroporto de Belgrado, na Sérvia, diminuiu 69,1%. Após uma melhoria do número de passageiros no terceiro trimestre, o aumento das infeções por Covid-19 levou a uma queda gradual do tráfego no final do ano.
Na Ásia:
- O número de passageiros caiu 69,4% no Japão, ao longo de todo o ano. As tendências no tráfego doméstico, impulsionadas pela campanha governamental “Go To Travel“, limitaram a queda do tráfego nos aeroportos de Itami e de Kobe a 44%, no quarto trimestre. Em contrapartida, o tráfego internacional permaneceu muito fraco ao longo do ano devido às restrições impostas à entrada no Japão.
- Os requisitos de entrada muito rigorosos em vigor no Camboja, particularmente da China, penalizaram fortemente o tráfego de passageiros, que diminuiu 81,3% ao longo de todo o ano. O tráfego do quarto trimestre permaneceu muito fraco.
Nas Américas:
- No Brasil, o tráfego essencialmente doméstico no aeroporto de Salvador continuou a desenvolver-se com base na recuperação iniciada no Verão, no final do ano (-32,1% em dezembro). De uma forma global, o tráfego baixou 49,9% desde o início de 2020. Podemos salientar que o aeroporto se tornou um dos hubs da GOL em julho. A capacidade da companhia, na última quinzena de 2020, foi 13% superior, quando comparada com o mesmo período de 2019.
- Na República Dominicana, o tráfego diminuiu 56,1% ao longo do ano. A tendência melhorou a partir do terceiro trimestre graças à adoção de regras de entrada menos restritivas, com uma queda de 52,4% no quarto trimestre. Esta tendência beneficiou de uma forte procura por parte dos Estados Unidos e da Europa, uma vez que a República Dominicana é um dos poucos destinos de lazer acessíveis sem restrições a partir destas duas regiões.
- No Chile, o número de passageiros no Aeroporto de Santiago, que diminuiu 65,5% ao longo de todo o ano, passou para uma tendência positiva no final do ano, graças ao levantamento parcial das restrições de viagem. A par do tráfego doméstico, os voos regionais para a Colômbia e – em menor medida – Espanha, está a contribuir para esta ligeira melhoria.
- Nos Estados Unidos, o número de passageiros no aeroporto de Orlando-Sanford diminuiu 53,0% em 2020, em comparação com 2019 (-50,1% no quarto trimestre). O tráfego doméstico manteve-se relativamente forte nos Estados Unidos, enquanto que as fronteiras internacionais foram globalmente fechadas. A Allegiant, muito ativa em Orlando, manteve-se muito perto dos 75% da capacidade registada no quarto trimestre de 2019, no mesmo período de 2020.
- Na Costa Rica, o número total de passageiros durante o ano diminuiu 60,8% em 2020. Após um terceiro trimestre praticamente sem tráfego, o levantamento das restrições de viagem a partir de 1 de novembro permitiu uma recuperação gradual no quarto trimestre.
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