Agência Moody’s reviu o rating de Portugal para “positivo”

O rating da República Portuguesa foi revisto hoje pela Agência de notação financeira Moody’s de “estável” para “positivo”. A consolidação orçamental e o reforço da solidez económica e financeira dos bancos foram dois fatores referidos pela Agência.

Edifício da Ministério das Finanças
Edifício da Ministério das Finanças. Foto: © Rosa Pinto

A Moody’s salientou, na revisão do rating de Portugal de “estável” para “positivo” a continuação do processo de consolidação orçamental, com reflexo na diminuição do rácio da dívida pública face ao PIB, a um ritmo superior ao estimado pela agência há um ano, bem como a perspetiva de manutenção da trajetória de redução do rácio da dívida pública.

Para o Ministério das Finanças (MF) o crescimento económico sustentado e a criação de emprego, a continuação de uma dinâmica positiva da receita fiscal, a diminuição da despesas com juros da dívida pública e a continuação do processo de racionalização e reforma da despesa pública deverão permitir ao Governo atingir a sua meta orçamental para 2019, de -0,2% do PIB.

A Moody’s destacou o reforço da solidez económica e financeira dos bancos, o qual foi superior ao inicialmente antecipado pela agência. E que é de salientar o aumento da resiliência dos bancos a eventuais cenários adversos futuros, o aumento da qualidade dos seus ativos, a continuação da diminuição do rácio do crédito malparado e o aumento dos seus resultados líquidos.

“Portugal vive o período mais longo de crescimento económico desde a sua adesão ao euro, com um crescimento médio de 1,9% ao longo dos últimos 22 trimestres. As opções políticas adotadas permitiram a Portugal superar desafios que enfrentava e iniciar uma trajetória de crescimento inclusivo e sustentável”, refere o MF.

O MF acrescenta que “a dívida pública portuguesa beneficia hoje da classificação de investimento pelas quatro principais agências de rating internacionais. A taxa de juro das obrigações da República Portuguesa a 10 anos está abaixo de 0.3%, um valor sem paralelo histórico e o diferencial face a Espanha tem vindo a reduzir-se ao longo de 2019, estando hoje as taxas de juro da dívida pública portuguesa praticamente em linha com as taxas de juro da dívida espanhola”.