É urgente combater as doenças cardiovasculares, indica relatório “Estado da Saúde Cardiovascular na União Europeia“, que revela que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e incapacidade na União Europeia (UE). Doenças que representam um terço de todas as mortes por ano e que afetam mais de 60 milhões de pessoas.
As conclusões do relatório, financiado pela UE, realçam a importância do futuro Plano Corações Seguros – o primeiro plano em toda a UE para prevenir e controlar as doenças cardiovasculares. A Comissão Europeia indicou que o Plano Corações Seguros proporcionará um quadro político abrangente para apoiar os Estados-Membros e as partes interessadas na melhoria da saúde cardiovascular.
A Comissão Europeia indicou que as ferramentas de saúde digital, a inteligência artificial e as tecnologias de monitorização remota também oferecem inovações promissoras. Adotar uma abordagem coordenada e centrada na pessoa – que abranja desde a prevenção ao diagnóstico precoce, ao tratamento e ao apoio pós-agudo – pode melhorar os resultados cardiovasculares na Europa e será fundamental para o nosso futuro Plano Corações Seguros.
O relatório “Estado da Saúde Cardiovascular”, agora publicado e que foi financiado pelo programa EU4Health, resulta de uma longa colaboração entre a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a Comissão Europeia para monitorizar e melhorar a saúde da população.
“O relatório “Estado da Saúde Cardiovascular na EU” chega num momento crucial, fornecendo provas e análises robustas que sustentam a necessidade urgente do Plano Corações Seguros para inverter as tendências que apontam para uma duplicação das doenças cardiovasculares até 2050″, afirmou Olivér Várhelyi, Comissário Europeu para a Saúde e o Bem-Estar Animal.
O relatório estabelece uma justificação clara para que sejam tomadas medidas ao nível da UE. Como seja a existência de disparidades geográficas, de género e socioeconómicas significativas nos resultados e nos cuidados, e, para além do impacto humano. O impacto económico anual das doenças cardiovasculares na Europa é estimado em 282 mil milhões de euros, ou seja, 2% do Produto Interno Bruto da UE, valor impulsionado pela mortalidade prematura, pela perda de produtividade e pelos elevados custos de saúde.














