
A Assembleia Mundial da Saúde aprovou uma resolução considerada histórica sobre a saúde pulmonar, ao reconhecer a necessidade urgente de combater as doenças respiratórias e os seus principais fatores de risco, incluindo a poluição atmosférica e o consumo de tabaco.
Em 2021, as doenças pulmonares transmissíveis e não transmissíveis, incluindo a COVID-19, estiveram entre as principais causas de morte, que causaram mais de 18 milhões de mortes em todo o mundo.
É reconhecida a importância crítica de abordar as doenças transmissíveis e não transmissíveis que afetam os pulmões, incluindo a tuberculose, a pneumonia, a gripe, a COVID-19, a doença pulmonar obstrutiva crónica, a fibrose pulmonar, a asma e o cancro do pulmão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) releva a necessidade de reforçar os cuidados de saúde primários no contexto de uma abordagem integrada para alcançar a cobertura universal de saúde, e reconhecer que as doenças pulmonares e outras doenças não transmissíveis partilham frequentemente os mesmos fatores de risco, e por isso a exigir uma abordagem preventiva horizontal.
A Resolução da Assembleia Mundial da Saúde tem o objetivo de reforçar as ações nacionais e globais para prevenir, diagnosticar e tratar doenças pulmonares comuns, como a asma, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), o cancro do pulmão, a pneumonia e a tuberculose.
Um apelo a um melhor acesso a cuidados acessíveis, a um maior investimento em políticas de ar limpo e a estratégias integradas que liguem a saúde pulmonar a esforços mais amplos em doenças crónicas não transmissíveis (DNT) e resiliência climática. A resolução torna-se num marco que reafirma o compromisso global de proteger a saúde respiratória e prevenir milhões de mortes prematuras evitáveis por ano.
Com a Resolução a Assembleia Mundial da Saúde salienta a importância de medidas abrangentes de prevenção e controlo de infeções para reduzir o risco de transmissão de tuberculose, COVID-19, pneumonia e outras doenças infeciosas transmitidas pelo ar, particularmente em ambientes de elevada carga.
É reconhecido o papel crítico de abordar os fatores de risco e determinantes, incluindo condições de vida precárias e sobrelotadas, ventilação deficiente e entre outros fatores.
A poluição do ar interior e exterior, cuja causa raiz é predominantemente de natureza socioeconómica, e a sua ligação com os determinantes sociais e ambientais da saúde como um dos principais fatores de risco para as doenças pulmonares, é especialmente determinante nos países em desenvolvimento.
É reconhecida que a exposição ao radão é uma das principais causas de cancro do pulmão a seguir ao tabaco, em países com dados conhecidos e reconhece a falta de prevenção e ações de mitigação para a exposição ao radão, bem como a limitada sensibilização pública sobre os riscos do radão.
São salientadas as medidas abrangentes de prevenção e controlo de infeções para reduzir o risco de transmissão de tuberculose, COVID-19, pneumonia e outras doenças infeciosas transmitidas pelo ar, e reconhecido o papel crítico de abordar os fatores de risco e determinantes, incluindo condições de vida precárias e sobrelotadas, ventilação deficiente e outros.