Boris Johnson diz estar satisfeito com acordo com União Europeia

Primeiro-ministro britânico diz que acordo com a União Europeia pós-brexit de livre comércio vai permitir mais negócios com os europeus. A partir de 1 de janeiro de 2021 o Reino Unido passa a ter o controlo das leis e o controlo total das zonas marítimas.

Boris Johnson diz estar satisfeito com acordo com União Europeia
Boris Johnson diz estar satisfeito com acordo com União Europeia. Foto: DR

Passaram quatro anos e meio desde que o povo britânico votou para retomar o controlo do seu dinheiro, das suas fronteiras, das suas leis e das suas águas e para abandonar a União Europeia, referiu Boris Johnson, primeiro ministro britânico.

Boris Johnson enumera algumas ações desenvolvidas e acordos estabelecidos com diversos países em todo o mundo referindo nomeadamente que foi aprovado um sistema de imigração e acordos de livre comércio com 58 países.

O Primeiro-ministro britânico referiu que está muito satisfeito com o acordo concluído com a União Europeia no valor de 660 mil milhões de libras. Um acordo de livre comércio abrangente do mesmo modelo do realizado com o Canadá.

Um acordo que permitirá que produtos e componentes do Reino Unido sejam vendidos sem tarifas e sem quotas no mercado da União Europeia, e que no seu entender levará a que as empresas britânicas façam ainda “mais negócios com nossos amigos europeus”.

Boris Johnson relevou que foi devolvido ao Reino Unido o controlo das leis e que as leis britânicas serão feitas exclusivamente pelo Parlamento britânico, e interpretadas por juízes do Reino Unido em tribunais do Reino Unido. Também a jurisdição do Tribunal de Justiça Europeu chegará ao fim.

O Primeiro-ministro referiu ainda: “Seremos capazes de definir os nossos próprios padrões, de inovar da forma que queremos, de originar novos enquadramentos para os sectores em que este país é líder mundial, desde as biociências aos serviços financeiros, inteligência artificial e muito mais”.

E ainda acrescentou: “Poderemos decidir como e onde vamos estimular novos empregos e novas esperanças. Com freeports e novas zonas verdes industriais. Seremos capazes de valorizar a nossa paisagem e o nosso ambiente da maneira que escolhermos. Apoiando nossos agricultores e apoiando a produção agrícola e de alimentos britânicos”.

“E pela primeira vez desde 1973, seremos um estado costeiro independente com controlo total de nossas águas” e que dentro de cinco anos e meio “não há limite teórico além daqueles colocados pela ciência ou conservação na quantidade de nossos próprios peixes que podemos pescar nas nossas águas”, e com um programa de 100 milhões de libras vão ser modernizadas as frotas e a indústria de processamento de pescado.

Um acordo que “significa certeza para a indústria da aviação e para os transportadores que tanto sofreram com a pandemia de COVID. Significa certeza para a polícia, as forças fronteiriças, os serviços de segurança e todos aqueles em quem confiamos em toda a Europa para nos manter seguros. Significa certeza para nossos cientistas, que poderão continuar trabalhando juntos em grandes projetos coletivos”.

Pois lembrou que “embora desejemos que o Reino Unido seja uma superpotência científica, também queremos ser uma superpotência científica colaborativa”.

Mas o acordo significa, referiu: “certeza para os negócios de serviços financeiros aos nossos fabricantes líderes mundiais – nossa indústria automóvel – certeza para os que trabalham em empregos altamente qualificados em empresas e fábricas em todo o país”.