Cancro da mama apresenta metastização ao diagnóstico em 5 a 10% das mulheres

O tratamento do cancro da mama metastizado tem o objetivo de controle da doença e preservação da qualidade de vida das pacientes. Marta Soares alerta, neste seu artigo, para a importância dos profissionais de saúde e da família em todo o processo de tratamento.

Marta Sousa, médica oncologista do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
Marta Sousa, médica oncologista do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Foto: DR

O cancro da mama metastizado ocorre quando a doença, com origem na mama, progride sobre a forma de lesões-metástases, em órgãos à distância como o osso, pulmão, fígado, cérebro, etc.

Estima-se que 5 a 10% das mulheres com cancro da mama apresentam metástases ao diagnóstico.

A principal forma de apresentação da doença é alterações mamárias, menos frequentemente, manifesta-se sob a forma de sintomas associados aos órgãos envolvidos pelas metástases (dores ósseas, dores de cabeça e falta de ar).

Nesta fase da doença, o tratamento tem como objetivos primordiais o controle da doença e a preservação ou melhoria da qualidade de vida.

Para estas mulheres a vida toma uma forma diferente, as dúvidas e angústias são muitas e incluem o próprio diagnóstico, as perspectivas do tratamento, o número significativo de exames, consultas, tratamentos e efeitos secundários associados a estes, com impacto significativo nas suas vidas. O papel dos profissionais de saúde e da família é fundamental para que seja mantido um equilíbrio durante este processo.

O desenvolvimento permanente de estudos na área da oncologia que visam um melhor conhecimento da doença oncológica e da sua evolução, assim como o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos, com maior eficácia e igual segurança, têm sido promissores no aumento da sobrevivência de algumas destas doentes.

O Dia Nacional do Cancro da Mama assinala-se a 30 de outubro.

Autora: Marta Sousa, médica oncologista do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro