Cinco PME vão receber 50 mil euros do Horizonte 2020

As PME, Enging – Make Solutions, Lda, de Oliveira do Hospital, a Nano4Global, Lda, e a Pro-Drone, SA, de Lisboa, a Xarevision, SA, do Porto, e a Horizon Behaviour, Lda, da Vidigueira, vão receber, cada uma, 50 mil euros do Instrumento PME do programa europeu Horizonte 2020.

Carlos Moedas visita unidade de investigação em Portugal
Carlos Moedas visita unidade de investigação em Portugal. Foto: ©União Europeia/Bruno Portela

A avaliação e decisão de financiamento dos projetos concorrentes à fase 1 do Instrumento PME do Programa de Investigação Horizonte 2020 acaba de ser divulgada pela Comissão Europeia, indicando que 129 PME de 25 países vão ser apoiadas com um investimento global superior a 6 milhões de euros.

De entre as PME que vão ser apoiadas cinco são portuguesas e neste caso vão receber, cada uma, 50 mil euros.

Carlos Moedas, Comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, que tutela o instrumento financiado do Programa Horizonte 2020, afirmou que “o Instrumento PME proporciona oportunidades únicas para as PME europeias terem o apoio que precisam para escalar as suas ideias, de um conceito mais estruturado, para uma fase de teste e, finalmente, de comercialização”.

O Comissário referiu ainda que “as cinco PME portuguesas hoje premiadas apresentaram projetos de grande qualidade e demonstraram uma grande abrangência geográfica e temática, o que é um excelente sinal para o crescimento económico sustentável do país”.

As cinco PME portuguesas selecionadas

Enging – Make Solutions, Lda, de Oliveira do Hospital, construiu uma ferramenta que permite prever falhas de segurança e operacionais nos motores elétricos, aumentando a produtividade e tempo de vida dos equipamentos, ao mesmo tempo que reduz custos e tempo de paragem. Os motores elétricos geram aproximadamente 40% da energia consumida à escala global.

Nano4Global, Lda, de Lisboa, desenvolveu uma solução que é tecnologicamente adequada para detetar vírus e agentes patogénicos de forma mais rápida, acessível e com eficiência de custos. Através de diagnóstico por nanotecnologia e análise molecular, poderá haver uma melhor gestão de epidemias e um reforço das capacidades de análise dos sistemas e profissionais de saúde.

Xarevision, SA, do Porto, permite aos consumidores criar carrinhos de compras personalizados a partir dos seus smartphones, indicando os produtos e quantidades. Através de mecanismos de Inteligência Artificial, a experiência de compra fica personalizada às preferências do utilizador e completamente integrada com os vários sistemas de suporte dos próprios retalhistas.

Pro-Drone, SA, de Lisboa, para otimizar o processo manutenção e inspeção das turbinas eólicas, criou uma plataforma que utiliza veículos aéreos não tripulados para realizar a tarefa, reduzindo o tempo de inspeção em 6 vezes e poupar cerca de metade do financiamento dedicado a esta componente.

Horizon Behaviour, Lda, da Vidigueira, propõe um serviço digital que permite a hotéis fornecer, aos diversos consumidores, a oportunidade de verificar preços e disponibilidade na plataforma Facebook Messenger. O processo de reserva, check-in, check-out pode também ser inteiramente realizado através deste canal. A aplicação desafia também as conhecidas agências de viagem online, a recolher de informação sobre eventos e pontos de interesse no local que o cliente está a visitar.

Na Fase 1 do Instrumento PME, cada projeto pode receber até 50 mil euros, para que “cada PME prepare uma proposta de negócios para uma ideia que tenha potencial disruptivo, estudando a viabilidade do conceito proposto. Para além do estímulo financeiro, as empresas também recebem até três dias de aconselhamento personalizado e outros serviços de apoio à gestão e criação de negócios.”

Desde o lançamento do programa a 1 de janeiro de 2014, foram selecionadas 2.337 PME para financiamento ao abrigo da Fase 1 do Instrumento PME, 62 das quais portuguesas. A próxima data-limite é 6 de setembro de 2017.