Como detetar a presença de malware no smartphone

Fraco desempenho do dispositivo, pouca durabilidade da bateria e o maior consumo de dados são alguns dos indícios do smartphone estar infetado com malware, alertam investigadores da empresa de cibersegurança Check Point.

Como detetar a presença de malware no smartphone
Como detetar a presença de malware no smartphone. Foto: © Rosa Pinto

Há cinco potenciais indicadores de que o smartphone pode estar infetado com malware, indica a empresa de cibersegurança Check Point, e alerta para os riscos de segurança que corre a informação pessoal armazenada no dispositivo.

Os malwares móveis, como o Hiddad, xHelper e o Triada têm vindo a crescer em janeiro de 2021 assumiram Top Malware divulgado pela Check Point. É através dos malwares que cada vez mais frequentemente os ciberatacantes roubam informações sensíveis. Em 2020, a Threat Intelligence da Check Point demonstrou que 46% das organizações a nível global tinha pelo menos um colaborador que já tinha feito download de uma aplicação maliciosa.

“Dispositivos móveis são, por norma, os mais vulneráveis a ataques. Por não estarem protegidos por softwares de segurança, são um alvo fácil para os cibercriminosos, indica Rui Duro, Country Manager da Check Point Portugal.

Para o especialista “é importante contar com medidas de segurança para proteger estes dispositivos – a prevenção é a melhor defesa contra o ataque. O armazenamento de informação pessoal ou corporativa em smartphones é cada vez mais comum, nunca foi tão importante investir em medidas de proteção. Sem um software robusto de segurança, as probabilidades de ser a próxima vítima de um ciberataque aumentam drasticamente.”

Em 2020, a empresa especializada em cibersegurança divulgou uma investigação que dava conta de um número de aplicações maliciosas que aproveitavam a situação pandémica, disfarçando-se estar relacionadas com a COVID-19. Mas todas tinham como objetivo o roubo de detalhes pessoais ou a obtenção de lucros a partir da subscrição fraudulenta de serviços pagos.

Para ajudar os utilizadores a identificar uma infeção malware, a Check Point recomenda a atenção especial aos seguintes sinais:

1.O desempenho do dispositivo: Um dos principais indicadores de uma infeção por malware é o decréscimo significativo dos seus níveis de desempenho. As aplicações podem, por exemplo, fechar automaticamente e funcionalidades como a lanterna podem parar de funcionar. Tenha especial atenção se estes sintomas aparecerem após a instalação de uma nova aplicação.

2.A durabilidade da bateria: Se a bateria do dispositivo não mantém a bateria ou se esta se esgota em muito menos tempo do que o habitual, pode estar a ser vítima de um malware. Se for o caso, a Check Point recomenda examinar as configurações da bateria para averiguar que aplicação está a consumir mais energia e, assim, identificar a fonte do problema.

3.Maior consumo de dados: O aumento acentuado de cobranças devido ao maior uso de dados, sem o conhecimento do utilizador pode ser outro sinal de alerta. Aplicações maliciosas consomem vastas quantidades de dados ao trocar informação com terceiros. Para esclarecer esta questão, consulte regularmente a lista de apps instaladas, eliminando as que desconhece.

4.Publicidade nas notificações: O aparecimento de anúncios publicitários nas notificações pode ser um indicador de infeção. Conhecido por Mobile Adware, este tipo de malware exibe publicidade no ecrã inicial do telemóvel. Para evitar ser removido, esconde o ícone da sua aplicação.

5.Aparecimento de número irreconhecíveis: Outro dos sinais de alerta é o aparecimento de números desconhecidos, tipicamente estrangeiros, na lista de contactos do telemóvel. Além disso, o telemóvel pode ainda começar a enviar mensagens SMS a números irreconhecíveis ou até a ligar a contactos automaticamente. Isto traz não só custos financeiros para o utilizador, como pode também ser uma forma de os cibercriminosos disseminarem o malware através de links enviados por mensagens. Se se registar um aumento das tarifas sem razão aparente, a Check Point aconselha a que se faça uma verificação completa do dispositivo.

Aplicações como a SandBlast Mobile da Check Point podem ser uma solução de defesa contra ameaças móveis que protege os dispositivos de ataques móveis avançados. A SandBlast protege contra aplicações afetadas, ataques Man-in-the-Middle por meio do Wi-Fi, exploits do sistema operativo e links maliciosos em mensagens de SMS. Por outras palavras, a solução fornece segurança móvel ao prevenir, detetar e evitar os mais sofisticados ciberataques.