Como ensinar cibersegurança aos mais novos

No Dia Internacional da Educação a empresa especializada em cibersegurança, Check Point, deixa conselhos destacando a importância dos educadores possuírem algum conhecimento sobre cibersegurança para auxiliarem as crianças e os jovens num acesso seguro à Internet.

Como ensinar cibersegurança aos mais novos
Como ensinar cibersegurança aos mais novos. Foto: © Rosa Pinto

Celebra-se hoje, 24 de janeiro, o Dia Internacional da Educação. Quando as escolas estão encerradas e o ensino suspenso, a data vem lembrar a importância da educação na preparação das crianças e dos jovens para o futuro. A educação é, e sempre foi e será, o melhor caminho na preparação para enfrentarem os desafios ao longo da vida.

Quando o recurso a tecnologias é fundamental para uma adequada formação o conhecimento sobre o melhor uso da tecnologias, o conhecimento dos benefícios e os perigos do uso da mesma, são cruciais, bem como são o conhecimento sobre a cibersegurança por parte dos educadores e dos mais novos.

O cada vez maior uso da Internet leva a CheckPoint, empresa especializada em cibersegurança, a alertar para a importância dos mais novos poderem navegar pela internet de forma segura.

Rui Duro, Country Manager da CheckPoint em Portugal, refere que “bloquear e restringir algumas funcionalidades da internet, como se faz com frequência, é uma medida efetiva de proteger os pequenos de alguns perigos, mas que não os ajudará a médio e longo prazo. Por isso, se os pais realmente querem que os seus filhos desfrutem do mundo virtual de forma segura, a solução é ensinar-lhes como se manterem a salvo por si mesmos, já que esta postura permitirá que aprendam as boas práticas de navegação na internet, evitando os ciberriscos”.

O especialista acrescenta: “Vivemos num mundo cada vez mais digitalizado, por isso formar os mais jovens em cibersegurança é uma aposta segura para os manter a salvo na hora de utilizarem a web, bem como abrir-lhes novas portas para uma futura carreira profissional”.

Especialistas da CheckPoint assinalam alguns aspetos de proteção para serem ensinados aos mais jovens.

  • Configurar passwords seguras: utilizam redes sociais, jogam através da internet, vêm séries através de numerosas plataformas ou inclusivamente conectam-se ao correio eletrónico. Para aceder a estes serviços é necessários criar várias passwords. Assim, é importante conhecer como criar estas chaves seguras. Conselhos: não usar palavras comuns; não utilizar informação pessoal, como data de aniversário, ou o nome do utilizador e, nunca partilhada as chaves com ninguém.
  • Conhecer as bases para distinguir websites: um pequeno símbolo ao lado do domínio da web encarrega-se de assegurar que a página em que estão a navegar é segura. O ícone verde que vemos nos URLS das páginas web indica que estas cumprem com o protocolo de HTTPs, é dizer, que toda a informação que contém encontra-se cifrada e protegida. O “s” final do protocolo significa “segura” (https://). Esta é outro sinal que devem conhecer desde o primeiro momento, já que assim poderiam distinguir entre websites fiáveis e evitar aqueles que possam conter riscos de segurança.
  • Fazer download de aplicações só de mercados oficiais: as crianças e adolescentes estão todo o dia à espera do último jogo online da moda, ou utilizam apps de filtros para fotografias ou vídeos para colocar nas redes sociais. Quando efetuam o download devem assegurar-se se as aplicações vêm de websites de mercado oficiais, para minimizar os riscos de instalar nos dispositivos programas pouco fiáveis que possam deixar portas abertas para o download de software malicioso como trojans, keyloggers, criptomineradores, etc…

Conselhos dos especialistas da CheckPoint para que esta tarefa formativa seja mais simples para os pais.

  • Acompanhá-los as crianças nos primeiros passos da sua vida digital: ter um guia que acompanhe nos seus primeiros passos na web é uma das bases para que consigam começar com o pé direito neste mundo digital. O pai ou a mãe deve estar ao lado da criança na hora de descobrir as vantagens da internet para que a criança não caia em alguns perigos ou em riscos. Devem estar ao lado das crianças nas primeiras navegações para dar-lhes as diretrizes básicas para que saibam o como fazê-lo por si próprios de uma forma adequada.
  • Procurar métodos divertidos de aprendizagem: há que admitir métodos para manter-se a salvo na internet não é o mais divertido para os mais pequenos. Aprender os conceitos básicos de segurança informática e fazê-lo de forma divertida é um dos principais desafios para os pais e professores. É por isso que os grandes gigantes tecnológicos estão a criar jogos interativos que ajudem as crianças a assimilar os conceitos mais importantes sobre cibersegurança de uma forma simples e divertida. Alguns destes jogos são o CyberScouts, Hackers ou Cybercrook criados pela Incibe, os quais ajudarão a que assimilem os conceitos mais importantes sem que se dê conta, ou o Be Internet Awesome da Google.
  • Não se deve meter medo, mas sim consciencializar sobre os riscos: a educação não consiste em assustar as crianças sobre os perigos da internet, mas sim ajudá-las a ter consciência sobre os seus riscos e que, desta forma, saibam a importância de estar protegidos para desfrutar de uma vida digital segura. A melhor forma de consegui-lo e de que tenham conhecimento destes perigos é dialogando com eles e explicando-lhe ao que se expõem. Assim, ao manter uma conversa fluída sobre o tema também poderá incluir quais os hábitos que têm, as páginas por onde navegam, etc… e assim poderá dar-se conselhos para uma melhor navegação.