ECOFIN: Retoma da economia exige aumento do investimento

Planos de Recuperação são instrumento para saída da crise pandémica e implementação de reformas estruturais para as transições verde e digital. Ministros da Economia e Finanças da União Europeia pedem, em Lisboa, para ser acelerado o pacote de 750 mil milhões de euros.

ECOFIN: Retoma da economia exige aumento do investimento
ECOFIN: Retoma da economia exige aumento do investimento. Foto: DR

Os Ministros da Economia e Finanças da União Europeia (UE) discutem em Lisboa, em reunião informal do ECOFIN, caminho para a recuperação numa fase de viragem da crise pandémica para a retoma económica.

O encontro informal do ECOFIN organizado pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, abordou que com o progresso da vacinação, as medidas restritivas de controlo da crise sanitária começam a ser aliviadas, e as economias estão a retomar a sua atividade por toda a Europa. Neste caso para os ministros a reabertura de fronteiras, pode trazer um grande impulso vindo da retoma do turismo.

“A recuperação está em andamento. É tempo de passar das medidas globais de emergência para políticas que fomentem a recuperação económica. Temos de assegurar que as políticas de recuperação sejam tão completas e eficientes quanto foram as medidas de proteção das empresas e do emprego durante a pandemia.” João Leão, Ministro de Estado e das Finanças.

Os Ministros concordam que a retoma deve assentar no aumento do investimento, fomentado pelos Planos de Recuperação, que são o instrumento disponibilizado aos Estados-Membros para assegurar a saída da crise pandémica e a implementação das reformas estruturais necessárias para as transições verde e digital. É, por isso, importante que os países concluam os processos de ratificação nacional da decisão de recursos próprios, passo indispensável para que a Comissão Europeia possa levantar nos mercados os 750 mil milhões de euros previstos, lembrou o Ministro de Estado e das Finanças.

Foi alcançado um consenso global para não retirar os apoios prematuramente, sendo importante continuar a ajudar os setores mais afetados pela crise, de modo a assegurar uma recuperação inclusiva e a evitar uma materialização repentina de insolvências, com impactos na capacidade de financiamento do setor bancário. Isto é fundamental para assegurar um círculo virtuoso entre as empresas, o setor financeiro e o Estado.