Em Gaza a fome está a tornar-se a arma mais mortífera

Em Gaza a fome está a tornar-se a arma mais mortífera
Em Gaza a fome está a tornar-se a arma mais mortífera. Foto: © OMS/Arquivo

A população de Gaza continua, passados 600 dias, a sofrer uma terrível crise de sobrevivência, com as forças israelitas a intensificarem os bombardeios aéreos, terrestres e marítimos por todo o território e a expandiram as operações terrestres.

Dados do Ministério da Saúde, em Gaza, indicam que entre 7 de outubro de 2023 e 28 de maio de 2025, pelo menos 54.084 palestinianos, incluindo 16.854 crianças, foram mortos e 123.308 palestinianos ficaram feridos. Mas muitos palestinianos continuam como desaparecidos podendo estar soterrados por escombros dos edifícios bombardeados.

Entre os mortos estão 931 crianças menores de um ano, das quais 356 crianças nasceram e morreram desde outubro de 2023.

Na Faixa de Gaza não existe qualquer lugar seguro para a população que está confinada a um pequeno espaço onde se amontoam dado que 81% do território está agora dentro de zonas militarizadas por Israel ou sob ordens de deslocamento.

O sistema de saúde em Gaza foi devastado e pode ser considerado inexistente, e os poucos profissionais de saúde sobrecarregados não dispõem de quaisquer recursos para auxiliar os feridos e doentes. Em Gaza quase 700.000 mulheres e meninas estão a enfrentar uma emergência silenciosa de higiene menstrual, com consequências graves para a saúde, proteção, dignidade e direitos humanos, indica o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

Em 28 de maio de 2025, a Equipa Humanitária do Território Palestiniano Ocupado apelou a Israel para que trate os civis com humanidade e facilite a entrega de ajuda e não obrigue pela força à deslocação da população.