Numa declaração, Tom Fletcher, Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenador de Socorro de Emergência, das Nações Unidas, referiu, ontem, 12 de junho, que são inaceitáveis os ataques a civis em Gaza, por Israel ou por outro qualquer grupo, que vêm correndo, com mortos e ferimentos de pessoas famintas que procuram comida e daqueles que fazem a entrega da ajuda.
“Os comboios das Nações Unidas que transportam ajuda humanitária foram intercetados por gangues palestinianos armadas, que colocaram em risco os nossos funcionários e motoristas. Civis desesperadamente necessitados da comida que conseguimos trazer não foram poupados; alguns foram baleados pelas forças israelitas e outros esmagados por caminhões ou esfaqueados enquanto tentavam recuperar alimentos”.
Mas, “outros incidentes concentraram-se em torno de centros de distribuição militarizados, onde pessoas famintas contam-nos que as forças israelitas abriram fogo contra elas. Hospitais relatam que receberam 245 mortes e mais de 2.150 feridos nessas áreas nas últimas duas semanas. E ontem, a Fundação Humanitária de Gaza declarou que palestinianos envolvidos na distribuição foram mortos, feridos e capturados pelo Hamas.”
A situação leva a que “sem acesso imediato e massivo aos meios básicos de sobrevivência, corremos o risco de cair na fome, em mais caos e na perda de mais vidas.”
Tom Fletcher lembrou que “a fome jamais deve ser combatida com balas. Os humanitários devem ter permissão para fazer seu trabalho. A ajuda vital deve chegar às pessoas necessitadas, em conformidade com os princípios humanitários.”
O Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenador de Socorro de Emergência, das Nações Unidas, concluiu com o apelo: “Estamos prontos, como temos enfatizado repetidamente, para fornecer ajuda vital em larga escala. Deixe-nos fazer o nosso trabalho.”