EUA querem parar construção do gasoduto russo Nord Stream 2

EUA pretendem aplicar sanções a empresas envolvidas na construção do gasoduto Nord Stream 2 no Mar Báltico. A Embaixada da Ucrânia, em Lisboa, referiu, em comunicado, que para os EUA o gasoduto vai tornar a União Europeia mais dependente e a Ucrânia a perder receitas.

EUA querem parar construção do gasoduto russo Nord Stream 2
EUA querem parar construção do gasoduto russo Nord Stream 2

Os EUA pretendem aplicar sanções às empresas envolvidas na construção do gasoduto Nord Stream 2. Trata-se do gasoduto que permite o transporte de gás da Rússia para os países da União Europeia através do Mar Báltico.

O documento já assinado pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, indica que todos os navios envolvidos na construção do Nord Stream 2 devem cessar de imediatamente a construção, bem como devem cessar as atividades relacionadas com a venda, aluguer ou empréstimo de navios envolvidos no assentamento de tubagens a profundidade de 100 ou mais pés abaixo do nível do mar, com o objetivo de construção do Nord Stream 2.

Em comunicado a Embaixada da Ucrânia, em Lisboa, indicou que o Departamento de Estado norte-americano referiu que o gasoduto Nord Stream 2 é uma ferramenta usada pela Rússia contra a Ucrânia, e para impedir uma mais profunda integração ucraniana com a União Europeia e com os Estados Unidos.

O comunicado refere ainda que “o Nord Stream 2 ajudará a Rússia a contornar a Ucrânia no trânsito do gás natural para a Europa. Isto levará a que a Ucrânia perca receitas substanciais de trânsito do gás russo, tornando-se mais vulnerável à agressão russa”. Por outro lado o Nord Stream 2 vai ajudar “a preservar a grande dependência europeia da importação do gás russo e a criar a vulnerabilidade económica e política dos parceiros e aliados americanos na Europa”.

Para a Embaixada da Ucrânia, em Lisboa, a ação do EUA deve-se apoio “à diversificação de fontes de fornecimento dos recursos energéticos, uma vez que as eventuais alternativas ajudam a diminuir o papel da geopolítica nos mercados energéticos, baixar os preços para o consumidor e aumentar a segurança energética do país”, e como exemplo o caso do gás liquefeito americano que ajudou o consumidor europeu a poupar 8 mil milhões de dólares devido à oportunidade para negociar preços baixos com os fornecedores de gás.