Eurogrupo considera que nova realidade geopolítica tem impacto nos orçamentos

Eurogrupo considera que nova realidade geopolítica tem impacto nos orçamentos
Eurogrupo considera que nova realidade geopolítica tem impacto nos orçamentos. Foto: © UE

O Eurogrupo fez hoje, 10 de marco de 2025, um balanço dos desenvolvimentos macroeconómicos. No final da reunião o Presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, referiu que o momento é de “um ambiente muito dinâmico e incerto, e que “há uma incerteza óbvia em relação às tarifas sobre o comércio, à situação de segurança na Europa e ao impacto de todos esses desenvolvimentos no crescimento e no investimento.”

No entanto, foi o importante é “que a economia da área do euro continua notavelmente resiliente”, mesmo no ambiente volátil. O Presidente do Eurogrupo referiu que “as últimas projeções mostram um perfil de crescimento ligeiramente menor do que o esperado originalmente, mas algumas das últimas notícias serão positivas em relação ao crescimento.”

Outro dos pontos tratados na reunião do Eurogrupo foi a política fiscal. Paschal Donohoe afirmou: “Reconhecemos que a realidade geopolítica mudou, e o foco na Europa agora está firmemente em confiar mais em nós mesmos e menos nos outros, especialmente na área de segurança e defesa”, e isso “terá um impacto nos orçamentos atuais e futuros.”

Todos os ministros estão a trabalhar nas implicações das novas prioridades na preparação do orçamento. “Todos sabemos que a estabilidade e a segurança nas finanças públicas também andam de mãos dadas com a segurança, e essa combinação desempenha um papel na redução da escala de riscos que podemos enfrentar no futuro.”

O Eurogrupo também discutiu os mercados de criptoativos, que é uma área que está “a evoluir muito rápido, tanto política quanto tecnologicamente”. Paschal Donohoe referiu que se trata de “um mercado global e os desenvolvimentos de políticas em outras jurisdições podem ter consequências importantes para nós aqui na Europa.”

Assim, Paschal Donohoe referiu que “as discussões estão fundamentalmente ligadas à nossa própria autonomia e à resiliência da nossa moeda. O euro digital é essencial para permanecer à frente da curva nesta área. Uma enorme quantidade de trabalho técnico já foi feita e há uma crescente apreciação entre os ministros da importância deste trabalho.”