Falta de antibióticos no inverno preocupa União Europeia

União Europeia toma medidas e emite recomendações para prevenir escassez de antibióticos. A Comissão Europeia dá prioridade aos antibióticos para tratamento das infeções respiratórias que poderão afetar os europeus no próximo inverno.

Falta de antibióticos no inverno preocupa União Europeia
Falta de antibióticos no inverno preocupa União Europeia. Foto: Rosa Pinto

A Comissão Europeia, Agências de medicamentos nacionais e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla do inglês) emitem recomendações para a adoção de medidas destinadas a evitar a escassez de antibióticos essenciais, utilizados para o tratamento das infeções respiratórias que poderão afetar os europeus no próximo inverno.

As recomendações vêm complementar o processo de elaboração de uma lista da União Europeia (UE) de medicamentos críticos. A Comissão Europeia indicou que em cooperação com os Estados-Membros irá tomar medidas de natureza operacional, incluindo, se necessário, uma eventual contratação pública conjunta.

As recomendações são baseadas em dados recolhidos pela EMA e pela Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA, sigla do inglês) sobre procura estimada e oferta de vários antibióticos importantes usados ​​para tratar infeções respiratórias (amoxicilina, amoxicilina/ácido clavulânico, penicilina V, azitromicina, claritromicina, ceftriaxona, cefotaxima e piperacilina-tazobactam).

As recomendações para ações pró-ativas, são, nomeadamente:

  • Aumentar a produção dos principais antibióticos : Para evitar a escassez no próximo outono e inverno. A ação antecipada antes do outono e inverno deve dar aos fabricantes tempo suficiente para garantir que tenham capacidade de fabricação suficiente para atender às procuras.
  • Acompanhar a oferta e a procura : a EMA e a Comissão Europeia, juntamente com os Estados-Membros, continuarão a acompanhar a procura e os abastecimentos, em cooperação com as empresas.
  • Conscientização pública e uso prudente: Os antibióticos devem ser usados ​​com prudência para manter a eficácia e evitar a resistência antimicrobiana. Os profissionais médicos têm um papel fundamental a desempenhar e os antibióticos só devem ser prescritos para tratar infeções bacterianas. Não são adequados para o tratamento de infeções virais, como gripes e constipações, onde não são eficazes.