Fome e morte em Gaza no Conselho de Segurança da ONU – “Não agir agora terá consequências irreversíveis”

Fome e morte em Gaza no Conselho de Segurança da ONU – “Não agir agora terá consequências irreversíveis”
Fome e morte em Gaza no Conselho de Segurança da ONU – “Não agir agora terá consequências irreversíveis”

A Secretária-Geral Adjunta para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Joyce Msuya, referiu hoje no Conselho de Segurança da ONU sobre os Territórios Palestinos Ocupados que “mais de meio milhão de pessoas enfrentam atualmente a fome, a miséria e a morte” em Gaza, e que as previsões são um aumento.

As estimativas é de “que pelo menos 132.000 crianças menores de 5 anos sofrerão de desnutrição aguda” até meados de 2026. Joyce Msuya lembrou que “o número de crianças em risco de morte entre elas triplicou para mais de 43.000. Para mulheres grávidas e lactantes, prevê-se que esse número aumente de 17.000 para 55.000.”

Mas por trás dos números, Joyce Msuya lembrou que “há vidas humanas – filhas, filhos, mães e pais. Futuros interrompidos e comunidades marcadas.”

Sejamos claros: esta fome não é produto de uma seca ou de algum tipo de desastre natural. É uma catástrofe criada – o resultado de um conflito que causou enormes mortes, ferimentos, destruição e deslocamento forçado de civis. No mês passado, mais de 100 palestinianos, em média, foram mortos todos os dias, segundo estimativas do Ministério da Saúde de Gaza – quase o dobro da média diária registrada em maio. No mesmo período, cerca de 800.000 pessoas foram deslocadas, empurradas para áreas superlotadas, sem abrigo e outros itens essenciais”, afirmou a Secretária-Geral Adjunta para Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

Quando não são visíveis ações que possam parar a morte e a fome em Gaza, Joyce Msuya disse: “Acabar com esta crise provocada pelo homem exige que ajamos como se fosse a nossa mãe, o nosso pai, o nosso filho, a nossa família a tentar sobreviver hoje em Gaza”.