Philippe Lazzarini, Comissário Geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), divulgou que “as autoridades israelitas forneceram à UNRWA informações sobre o alegado envolvimento de vários funcionários da UNRWA nos horríveis ataques a Israel em 7 de outubro”.
“Para proteger a capacidade da Agência de prestar assistência humanitária, tomei a decisão de rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e lançar uma investigação a fim de estabelecer a verdade sem demora. Qualquer funcionário da UNRWA que esteja envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive através de processo criminal”, afirmou Philippe Lazzarini.
O Comissário Geral da Agência das Nações Unidas afirmou: “Estas alegações chocantes surgem num momento em que mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da assistência vital que a Agência tem prestado desde o início da guerra. Qualquer pessoa que traia os valores fundamentais das Nações Unidas também trai aqueles a quem servimos em Gaza, em toda a região e em outras partes do mundo”.
Sobre o mesmo tema pronunciou-se de imediato o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, da União Europeia (UE), Josep Borrell, que declarou: “Estamos extremamente preocupados com as alegações de envolvimento do pessoal da UNRWA nos ataques terroristas de 7 de outubro em Israel”.
“A UNRWA tem desempenhado um papel vital ao longo de muitos anos, apoiando refugiados palestinianos vulneráveis no acesso a serviços vitais, como a educação e a saúde, e é um parceiro crucial da comunidade internacional, incluindo a UE”, referiu Borrell.
O Alto Representante da EU concluiu: “Estamos em contacto com a UNRWA e esperamos que esta forneça total transparência sobre as alegações e tome medidas imediatas contra o pessoal envolvido. A Comissão avaliará as novas medidas e retirará ensinamentos com base no resultado da investigação completa e abrangente.”
