Gaza: aumentam os ataques militares no sul da Faixa de Gaza

Forças militares israelitas com operações cada vez mais intensas no sul da Faixa de Gaza onde se concentram cerca de 1,5 milhões de palestinianos. Nas últimas 24 horas terão sido mortos mais 133 palestinianos e 162 terão sido feridos.

Gaza: aumentam os ataques militares no sul da Faixa de Gaza
Gaza: aumentam os ataques militares no sul da Faixa de Gaza. Foto: © OMS

Cerca de 1,5 milhões de pessoas estão concentradas em Rafah, perto da fronteira com o Egipto, para onde foram conduzidas por ordem das forças israelitas de evacuarem para sul. Num espaço exíguo os palestinianos estão a tentar sobreviver em tendas ou ao ar livre, sem quaisquer condições sanitárias, com falta de água potável, alimentos e cuidados de saúde.

Para além das condições de sobrevivência juntam-se agora os ataques aéreos israelitas em Rafah relata a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) que também descreve intensos combates mortais dentro e ao redor de Khan Younis, mais ao norte, em que foi atingido o maior abrigo da UNWRA no sul da Faixa de Gaza.

O relato do Ministério da Saúde de Gaza aponta para nas últimas 24 horas terão sido mortos mais 133 palestinianos e que 162 terão sido feridos. Indica também que há várias vitimas palestinianas sob os escombros dos edifícios bombardeados e espalhados pelas estradas, e aos quais as ambulâncias e equipas da defesa civil não conseguem aceder, dados os constantes ataques.

Desde o início do conflito, a 7 de outubro de 2023, e até agora já terão sido mortos pelo menos 28.473 palestinianos e pelo menos 68.146 terão sido feridos, tendo em conta os relatos do Ministério da Saúde de Gaza. No entanto, os números podem estar muito abaixo da real dimensão dada a dificuldade de acesso às áreas bombardeadas e aos muitos palestinianos desaparecidos ou cujo paradeiro se desconhece.