Há alimentos que podem ajudar a prevenir e aliviar a dor crónica

Uma alimentação saudável e equilibrada pode ajudar os doentes no controlo da dor crónica. A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor assinala o Dia Europeu da Alimentação Saudável, a 8 de novembro, com informação sobre alimentos a incorporar na dieta.

Há alimentos que podem ajudar a prevenir e aliviar a dor crónica
Há alimentos que podem ajudar a prevenir e aliviar a dor crónica. Foto: © Rosa Pinto

A alimentação contribui para melhorar as funções dos sistemas: nervoso, imunitário e endócrino, impactando diretamente as experiências de dor, e tendo em conta que a perda ou a manutenção do peso reduz a carga nas articulações e, consequentemente, a inflamação, indica a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED).

A APED acrescenta que a alimentação e o peso têm impacto no risco e/ou gravidade de outras comorbilidades associadas, como doenças cardiovasculares, diabetes e ansiedade, que coexistem frequentemente e agravam a dor crónica.

Ana Pedro, Presidente da APED, reforça que “a alimentação é um grande aliado no tratamento da dor crónica, uma vez que esta está associada a peso elevado e à qualidade da dieta. É extramente importante que estes doentes consultem um médico que proceda ao controlo da sua alimentação para evitar o aumento do peso e consequente tensão na coluna. Desta forma, o médico pode modificar a dieta e certificar-se que consomem todos os alimentos necessários para uma alimentação saudável e equilibrada”.

A variedade e equilíbrio alimentar é fundamental, sendo importante a ingestão de alimentos tais como:

Os ricos em ácido ascórbico (vitamina C) e potássio, como frutas cítricas, manga, papaia, kiwi, morango, brócolos, banana, farelo de aveia e nozes.

Os ricos em cálcio e em magnésio, pois melhoram a contração muscular e a transmissão dos impulsos nervosos, como couves, agrião, lacticínios, feijão, lentilhas, espinafres, etc.

As fontes de triptofano aumentam a produção de serotonina, um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. São exemplos destas fontes: carnes magras, peixe, iogurte desnatado, leguminosas, damasco e açaí.

Cerca de 40% da população portuguesa sofre de dor crónica, colocando-se como a segunda doença mais prevalente em Portugal. Uma doença causadora de morbilidade, absentismo, dependência, afastamento social e incapacidade temporária ou permanente, que gera elevados custos aos sistemas de saúde, com grande impacto na qualidade de vida do doente e das famílias.

Para a APED é fundamental procurar mecanismos que atenuem a dor, como a adoção de uma alimentação saudável e equilibrada e, desta forma, melhorar a qualidade de vida. É com esta sensibilização que a APED assinala o Dia Europeu da Alimentação Saudável, a 8 de novembro.