A Comissão Europeia adotou uma proposta para o 18º pacote de sanções contra a Rússia, e numa ume e Kaja Kallas, Alta representante e Vice-Presidente da Comissão Europeia, declarou que a proposta foi adotada no atual contexto em “que a Rússia não quer a paz”, pois “nada sugere que a Rússia esteja pronta para a paz”, e “pelo contrário, a Rússia está a intensificar a sua guerra na Ucrânia.”
Kaja Kallas enumera que “maternidades, enfermarias de emergência médica, casas civis e infraestruturas não são alvos militares”, numa “uma guerra completamente ilegal”.
Para Kaja Kallas “a Rússia é cruel, agressiva e um perigo para todos nós. Agimos agora para apoiar a Ucrânia, mas também pressionamos a Rússia.”
A proposta de sanções da União Europeia contra a Rússia “terá como alvo as receitas energéticas do país, incluindo a frota paralela, a sua indústria militar e o seu sector bancário”, e em concreto na energia é proposto “acrescentar mais 77 navios que transportam petróleo russo à lista, o que elevaria o total para mais de 400. Quando sancionados, os petroleiros da frota paralela da Rússia não poderão atracar nos portos e a Rússia terá de encontrar novos navios. Custa-lhes mais e reduz os seus lucros.”
Além disso “estamos também a propor reduzir o teto do preço do petróleo de 60 para 45 dólares o que é inferior ao preço de mercado. E reduzir a diferença no preço do petróleo afetará duramente as receitas da Rússia. E propomos sanções aos oleodutos Nord Stream para impedir que a Rússia gere quaisquer receitas no futuro desta forma. Isto envia um sinal claro: não voltaremos aos negócios como antes.”
“No setor bancário, estamos a transformar a proibição dos serviços de mensagens Swift numa proibição total de transações. Propomos 22 novos bancos para a lista de instituições bloqueadas para estas transações”, afirmou Kaja Kallas.
Também, “na indústria militar, não conseguiriam fazer o que estão a fazer sem o apoio de outros, como foi dito. Depois, estamos a perseguir as empresas que estão diretamente envolvidas na produção de armas ou que facilitam a produção, incluindo em países terceiros.”
Além disso, afirmou Kaja Kallas, “hoje, sugerimos a adição de 22 novas empresas — incluindo algumas da China e da Bielorrússia — à lista de entidades que enfrentam restrições mais rigorosas sobre os bens de dupla utilização. Isto eleva o número total de empresas visadas para mais de 800.”
A Alta Representante da União Europeia esclareceu “toda a sanção enfraquece a capacidade de luta da Rússia. Por isso, a Rússia quer que acreditemos que podem continuar esta guerra para sempre. Isso simplesmente não é verdade”.
“A Rússia perdeu dezenas de milhares de milhões em receitas petrolíferas. A sua economia está a encolher e o seu PIB caiu. As sanções à Frota Sombra foram particularmente impactantes: após o nosso último pacote de sanções, o 17º pacote de sanções, as exportações de petróleo da Rússia através das rotas do Mar Negro e do Mar Báltico caíram 30% numa semana”, afirmou Kaja Kallas.
A Vice-Presidente da Comissão Europeia indicou ainda que “só no mês de maio, o Fundo Soberano da Rússia caiu em 6 mil milhões de dólares, de 42 mil milhões para 36 mil milhões de dólares americanos, e poderá ficar sem dinheiro no próximo ano. Ao cortar os fluxos de receitas, impedimos que reabasteçam os seus cofres de guerra.”
“Todos os dias, a Rússia mente sobre o seu desejo de paz. Putin está a levar o mundo a passear. Juntamente com os Estados Unidos, podemos realmente forçar Putin a negociar a sério. A cada dia que a Rússia continua a sua guerra, o preço deve aumentar, e é por isso que estamos a propor este 18º pacote de sanções”, concluiu Kaja Kallas.
