Lisboa começa a cobrar taxa turística a passageiros de cruzeiros

Autarquia de Lisboa espera uma receita anual superior a um milão de euros com a Taxa Turística de Chegada por Via Marítima, que começa a ser aplicada a partir de 1 de abril de 2024.

Lisboa começa a cobrar taxa turística a passageiros de cruzeiros
Lisboa começa a cobrar taxa turística a passageiros de cruzeiros. Foto: Rosa Pinto

Os passageiros de navios de cruzeiros que desembarquem em Lisboa vão pagar, a partir de 1 de abril de 2024, uma taxa turística. A Taxa Turística de Chegada por Via Marítima, já prevista há vários anos, aplica-se a todos os passageiros maiores de 13 anos que desembarquem de um navio de cruzeiro em trânsito, nos terminais localizados no Município de Lisboa.

Para Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa “esta é uma medida de elementar justiça, porque outros turistas que nos visitam já pagavam essa taxa nos hotéis e nos alojamentos. Não era compreensível nem aceitável termos um conceito de turismo para uns – em que lhes pedimos um contributo para melhorar a cidade – e não ter para outros”.

“Esta é também uma medida justa para os lisboetas, porque receber turistas não é apenas dar-lhes o melhor que temos para oferecer, sem que a cidade possa também ganhar com a sua visita. O turismo só é benéfico quando todos ganhamos e é essencial que todos os turistas possam dar um contributo para melhorar a cidade, porque só dessa forma poderemos manter um equilíbrio na relação entre quem aqui vive e quem está de passagem”, esclareceu Carlos Moedas, citado em comunicado da autarquia.

Mas para o autarca “a cobrança da taxa turística de chegada por via marítima é também uma medida necessária, porque a cidade precisa de investir mais em áreas fundamentais para o seu bom funcionamento, como é o caso da Higiene Urbana.”

Mesmo sendo uma taxa de valor pequeno por passageiro a autarquia espera ter “uma receita anual superior a um milhão de euros”.

Carlos Moedas esclareceu: “E eu prefiro que essa receita venha de uma atividade produtiva e lucrativa, como é o turismo, do que venha do bolso dos lisboetas, já tão castigados pela carga fiscal nos últimos anos”.