Matosinhos vai ter um Museu da Indústria Conserveira

Câmara Municipal de Matosinhos e a Administração da conserveira Pinhais & Companhia Lda assinam acordo para instalar em Matosinhos um Museu da Industria Conserveira. O Museu deverá abrir em 2020.

Matosinhos vai ter um Museu da Indústria Conserveira
Matosinhos vai ter um Museu da Indústria Conserveira. Foto: Rosa Pinto

A Câmara Municipal de Matosinhos e a Administração da conserveira Pinhais & Companhia Lda. assinaram hoje, dia 28 de junho, um memorando de entendimento com o objetivo de vir a ser instalado em Matosinhos, ”um museu que preserve a memória da indústria conserveira local.”

O acordo prevê a criação de uma estrutura museológica viva, funcionando em simultâneo com o a atividade de uma unidade industrial conserveira de feição tradicional. O futuro Museu vai permitir “mostrar às gerações atuais e vindouras o que foi a industria conserveira, designadamente no concelho de Matosinhos”, e o seu desenvolvimento “ao longo do século XX até à atualidade”.

O futuro Museu da Indústria Conserveira vai guardar a memória desta atividade, relembrar a importância cultural e social da indústria bem como os diversos investimentos para a manter com vigor e assim como a contribuição dos mesmos “para o desenvolvimento do país e da cidade e os sacrifícios e esforços de várias gerações de trabalhadores e trabalhadoras, permitindo, ao mesmo tempo, uma ampla reflexão sobre a ligação da indústria conserveira ao mar e à sustentabilidade dos recursos naturais.”

O Museu deverá estar concluído “entre outubro de 2019 e o início do ano de 2020, ano em que a Pinhais celebrará o seu centenário.”

Luísa Salgueiro, presidente da autarquia, indicou, durante a cerimónia de assinatura do memorando, que a colaboração entre as duas entidades “permitirá devolver a Matosinhos uma parte importante da sua história” e da sua cultura.

Jakob Glatz, administrador da conserveira Pinhais & Companhia Lda lembrou a coincidência de pontos de vista com a autarquia, e indicou “que a empresa pretende aumentar as exportações das conservas tradicionais de Matosinhos para todo o mundo, valorizando-as através de um programa que permita que os compradores venham conhecer o método tradicional de produção.”

A indústria conserveira tem sido e continua a ser uma atividade fundamental para a economia e para a estrutura social da cidade de Matosinhos desde a construção do Porto de Leixões, e o futuro museu vai ser a memória dessa indústria conserveira. Também vai haver mais um símbolo para reforçar essa memória, um conjunto escultórico que vai fazer parte da futura Praça Guilherme Pinto, que está em construção.

A Câmara Municipal de Matosinhos vai prestar, no âmbito do acordo assinado, o apoio técnico ao projeto do Museu, ajudando, nomeadamente, “a mobilizar fundos comunitários de apoio à requalificação urbana”, e para isso, a autarquia indicou que vai ser “criado um grupo de trabalho composto por elementos de ambas as partes.”