Militares assumem o poder no Gabão onde vivem cerca de 50 portugueses

Militares destituem o presidente do Gabão e assumem o poder. Ministério dos Negócios Estrangeiros português acompanha a situação e indica que nenhum dos portugueses a viver no país pediu ajuda para sair.

Militares assumem o poder no Gabão onde vivem cerca de 50 portugueses
Militares assumem o poder no Gabão onde vivem cerca de 50 portugueses

Um grupo de militares das Forças Armadas do Gabão anunciou na televisão do país que assumiram o poder e que os resultados das eleições presidenciais e parlamentares realizadas em 26 de agosto eram anulados e dissolvidas as instituições governamentais.

A tomada de posição dos militares seguiu-se ao anúncio da reeleição do atual presidente do Gabão, Ali ben Bongo Ondimba, para um terceiro mandato com 64,2% dos votos, e que a oposição contestou indicando que houve várias violações durante as eleições.

O Gabão, uma ex-colónia francesa, vem sendo governado durante cerca de 50 anos pela família do presidente Ali Bongo Ondimba, que terá sido agora colocado em prisão domiciliária.

O Gabão tal como o Níger onde os militares também tomaram o poder são fornecedores de minerais para a Europa. Com estas novas alterações de poder o fornecimento de aço e de uranio à Europa poderá estar em causa.

Em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português apela ao rápido restabelecimento da normalidade e da ordem constitucional no Gabão e indica que de acordo com os registos consulares cerca de meia centena de portugueses viverá no país.

O Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros refere que através da Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe, que tem o Gabão na sua área de jurisdição, acompanha a situação no país, tendo estado em contacto com alguns dos cidadãos nacionais que residem naquele território, mas que, até ao momento, não houve qualquer pedido de ajuda com vista à retirada do país.

As viagens para o Gabão são desaconselhadas, apelando-se também aos residentes no país que mantenham uma atitude vigilante e de recolha às suas residências, refere o comunicado do MNE.