Numa declaração conjunta a Alta Representante da União Europeia (UE), duas Comissárias europeias e Ministros de Negócios Estrangeiros de 26 países, incluindo de Portugal, sobre a ajuda a Gaza e as restrições enfrentadas pelas ONG, afirmam que “o sofrimento humanitário em Gaza atingiu níveis inimagináveis”, e “a fome desenrola-se diante dos nossos olhos.”
Para os governantes dos 26 países e a Alta-Representante da UE “são agora necessárias ações urgentes para travar e reverter a situação. O espaço humanitário deve ser protegido e a ajuda nunca deve ser politizada.”
Sobre a decisão do Governo de Israel de vir a impedir que as ONG internacionais possam auxiliar os palestinianos em Gaza e serem forçadas a abandonar os Territórios Palestinianos, os 26 países e a UE consideram que irá agravar ainda mais a situação humanitária, pelo que apelam “ao governo de Israel para que autorize todos os envios de ajuda humanitária de ONG internacionais e desbloqueie a atuação de atores humanitários essenciais.”
Mais afirmam que “devem ser tomadas medidas imediatas, permanentes e concretas para facilitar o acesso seguro e em larga escala à ONU, às ONG internacionais e aos parceiros humanitários. Todas as travessias e rotas devem ser utilizadas para permitir a entrada de ajuda em Gaza, incluindo alimentos, material nutricional, abrigo, combustível, água potável, medicamentos e equipamento médico. A força letal não deve ser utilizada nos locais de distribuição, devendo ser protegidos civis, agentes humanitários e profissionais de saúde.”
Esta declaração é assumida pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Bélgica, Canadá, Chipre, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido, bem com pelos Comissárias europeias, Kaja Kallas, Dubravka Šuica e Hadja Lahbib.
