Mobilidade interna de trabalhadores na União Europeia aumentou em 2019

Portugal continua a ser um dos países da União Europeia com maior número de cidadãos a trabalhar noutros Estados-membros da União Europeia. Alemanha e Reino Unido foram os países onde em 2019 houve maior número de trabalhadores de outros países europeus.

Mobilidade interna de trabalhadores na União Europeia aumentou em 2019
Mobilidade interna de trabalhadores na União Europeia aumentou em 2019. Foto: © Rosa Pinto

A mobilidade laboral na União Europeia (UE) aumentou em 2019 mas a um ritmo mais lento, em comparação com anos anteriores, mostra o Relatório anual sobre a mobilidade laboral intra-UE-2020.

Em 2019, viviam em outro país da UE 17,9 milhões de europeus, em comparação com 17,6 milhões em 2018.

A Alemanha e o Reino Unido foram os principais países de destino com 46 % dos trabalhadores em idade ativa, oriundos de outros países, e na França, Itália e Espanha residiam mais de 28 %. Assim, em 2019, a Alemanha tinha 3,3 milhões de residentes oriundos de outro país da UE, Reino Unido tinha 2,6 milhões, a Espanha 1,4 milhões, Itália 1,2 milhões e França 970 mil.

A Roménia, Polónia, Itália, Portugal e Bulgária continuaram a ser os cinco principais países de origem dos trabalhadores deslocados para outros países. Mas em 2019 Portugal verificou uma quebra de 1% enquanto emissor de trabalhadores.

Os principais setores de atividade dos trabalhadores deslocados em 2019 foram a indústria transformadora e o comércio grossista e retalhista.

A percentagem de pessoas altamente qualificadas que se deslocaram para outro país da UE aumentou ao longo do tempo: em 2019, um em cada três, ou 34 %, dos migrantes da UE-28 era altamente qualificado, em comparação com um em cada quatro em 2008.

Analisando os grupos etários, o relatório mostra que é mais provável que estes trabalhadores qualificados se desloquem no início da sua carreira. Entre os que tinham uma forte intenção de se deslocar, 75 % tinham menos de 35 anos.

A mobilidade de regresso é também muito significativa: por cada três pessoas que saem, duas regressam ao seu país de origem.

Em relação ao total da população do país o Luxemburgo foi o país com a maior proporção de pessoas oriundas de outro país da UE-28 com 43,6%, seguido por Chipre com 17,1% e a Irlanda, Áustria, Bélgica e Malta, todos em torno ou um pouco acima de 10%.