OMS alerta para aumento de casos de dengue e chicungunha

Número de casos de dengue e de chicungunha estão a aumentar e com a transmissão a ocorrer para além das áreas históricas dessa transmissão, alerta a Organização Mundial da Saúde. Em 2023 está a ocorrer uma “intensa transmissão de dengue”.

OMS alerta para aumento de casos de dengue e chicungunha
OMS alerta para aumento de casos de dengue e chicungunha, Foto: Rosa Pinto

Há um aumento da incidência e distribuição geográfica de arboviroses, na Região das Américas, incluindo a chicungunha (infeção causada pelo vírus Chicungunha com sintomas com febre e dor nas articulações) e a dengue (infeção causada pelo virus dengue, com sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e uma erupção cutânea semelhante à causada pelo sarampo), o que torna estas doenças num importante problema de saúde pública, referiu a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS relata que a dengue é responsável pelo maior número de casos na Região, com epidemias a ocorrer a cada três a cinco anos. Embora a dengue e a chicungunha sejam endémicas na maioria dos países da América Central, América do Sul e Caribe, na atual temporada de verão, o aumento da transmissão e a expansão dos casos de chicungunha foram observados além das áreas históricas de transmissão.

Além disso, refere a OMS, neste ano de 2023 está a ocorrer uma “intensa transmissão de dengue” e “são esperados maiores índices de transmissão nos próximos meses no hemisfério sul, devido às condições climáticas favoráveis à proliferação dos mosquitos”.

Dados da OMS indicam que “houve 2,8 milhões de casos de dengue relatados nas Américas em 2022, o que representa um aumento de mais de duas vezes quando comparado aos 1,2 milhão de casos relatados em 2021”.

“A mesma tendência crescente foi observada para chicungunha, com alta incidência de meningoencefalite possivelmente associada à chicungunha relatada pelo Paraguai, o que é ainda mais preocupante”.

No nível regional, a OMS indicou que “está a avaliar o risco como alto devido à presença generalizada de mosquitos vetores, o risco contínuo de doenças graves e até morte e a expansão fora das áreas históricas de transmissão, onde toda a população, incluindo grupos de risco e profissionais de saúde, podem não estar cientes das manifestações clínicas da doença, incluindo manifestações clínicas graves; e onde as populações podem ser imunologicamente virgens”.