
A Organização das Nações Unidas (ONU) e várias Organizações Não-Governamentais (ONG) referem que “o plano israelita de intensificar as operações militares na Cidade de Gaza terá um impacto humanitário terrível sobre as pessoas já exaustas, desnutridas, enlutadas, deslocadas e privadas dos bens básicos necessários à sobrevivência.”
Com indicado por Israel, os palestinianos da cidade de Gaza que serão umas centenas de milhares, terão de se deslocar para sul. Ora, forçar a deslocação “é uma receita para um desastre ainda maior e pode resultar em transferência forçada.”
A ONU e as ONG indicam que estão presentes na Cidade de Gaza para fornecer apoio vital, e lembram que sob o direito internacional, as partes em conflito, têm “de proteger os civis, incluindo os trabalhadores humanitários e aqueles que não podem ou optam por não se deslocar, e de salvaguardar as instalações humanitárias e outras infraestruturas civis.”
Israel anunciou a possibilidade autorizar a entrada em Gaza de tendas e outros equipamentos de abrigo. Para a ONU e ONG é um acontecimento que consideram bem-vindo. No entanto, consideram “profundamente preocupante”, ocorrer quando está iminente uma ofensiva militar israelita.
A ONU lembra que desde o início de março não foi autorizada a entrada em Gaza de qualquer material de abrigo, como tendas, lonas e colchões, mas ocorreram mais de 780.000 novos deslocamentos. Os abrigos que existiam deterioraram ou foram abandonados durante as repetidas ordens de deslocamento, pelo que há necessidade urgente de novos abrigos.
“Cerca de 86% da Faixa de Gaza já está debaixo de ordens de deslocamento ou em zonas militarizadas por Israel. As áreas restantes – incluindo parte da cidade de Gaza e partes da costa sul – estão superlotadas e mal equipadas para sustentar a sobrevivência humana em larga escala. Os hospitais do sul estão a operar com capacidade muito superior ao que lhe é possível, e receber pacientes do norte terá consequências fatais”, refere a ONU e as ONG.













