Operação policial prende 179 suspeitos por operações na dark web

179 suspeitos presos, em vários países, por transações de produtos ilegais na dark web. A operação coordenada pela Europol e Eurojust apreendeu também mais de 6,5 milhões de dólares em dinheiro e moeda virtual.

Operação policial prende 179 suspeitos por operações na dark web
Operação policial prende 179 suspeitos por operações na dark web

Uma coligação de agências de aplicação da lei, em todo o mundo, anunciou hoje os resultados de uma operação conhecida como DisrupTor que teve como alvo fornecedores e compradores de produtos ilícitos na dark web.

Esta operação seguiu-se à desenvolvida em maio do ano passado da Wall Street Market, que era o segundo maior mercado ilegal online do mundo na dark web. Liderada pela Polícia Criminal Federal Alemã com o apoio da Polícia Nacional Holandesa, a Europol, o Eurojust e várias agências governamentais dos EUA. A cooperação entre as diversas entidades permitiu fornecer aos investigadores dados quantitativos e materiais para identificar suspeitos por trás de contas da dark web usadas para atividades ilegais.

Como resultado da operação foram presos na Europa e nos Estados Unidos 179 vendedores que se envolveram em dezenas de milhares de vendas de produtos ilícitos. A Europol indicou, também, que mais de 6,5 milhões de dólares foram apreendidos em dinheiro e em moedas virtuais, além de cerca de 500 quilos de drogas, incluindo fentanil, oxicodona, hidrocodona, metanfetamina, heroína, cocaína, ecstasy, MDMA e medicamentos contendo substâncias viciantes, bem como 64 armas de fogo.

Nos EUA foram presos 121 suspeitos, Alemanha foram 42, na Holanda foram presas 8, Reino Unido foram 4, Áustria foram 3 e na Suécia uma. Uma série de investigações ainda estão em curso para identificar os indivíduos por trás das contas da dark web.

Esforço colaborativo para enfrentar a dark web

A Operação DisrupTor era composta por uma série de operações conjuntas separadas, mas complementares, coordenadas pela Europol e pela Eurojust, todas com o objetivo de causar um impacto global na venda de bens ilícitos na dark web.

Uma operação que foi o resultado de um esforço de colaboração entre as autoridades policiais e judiciais da Áustria, Chipre, Alemanha, Holanda, Suécia, Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.

Para comentar a operação, o Chefe do Centro Europeu de Cibercrime da Europol (EC3) , Edvardas Šileris , referiu: “A aplicação da lei é mais eficaz quando se trabalha em conjunto, e o anúncio de hoje envia uma mensagem forte aos criminosos que vendem ou compram produtos ilícitos na dark web: a Internet oculta não está mais oculta e sua atividade anônima não é anônima. A aplicação da lei está comprometida em rastrear criminosos, não importa onde operem – seja nas ruas ou atrás de um ecrã de computador.

Dark web não é um conto de fadas

Para a Europol a era dourada do mercado dark web acabou. Operações como estas destacam a capacidade da aplicação da lei de contrariar a criptografia e o anonimato dos mercados da dark web. A polícia não apenas tem vindo a destruir esses mercados ilegais, como também persegue os criminosos que compram e vendem mercadorias ilegais por meio desses locais web.

Pensa comprar bens ilegais anonimamente na dark web?

Uma compra ilegal apresenta os seguintes perigos:

Coloca a vida em perigo: drogas ilegais perigosas, como o fentanil ou substâncias falsificadas, podem matá-lo.
Torna-se vítima de golpistas cibernéticos que estão apenas atrás do seu dinheiro.
Expõe o computador a malware prejudicial.

A aplicação da lei também pode rastrear transações ilícitas até ao comprador e ao vendedor. Um indivíduo que comprou bens ilícitos em sites web ocultos corre o risco de ser processado em vários países.

A dark web não é um conto de fadas – fornecedores e compradores já não estão escondidos na sombra.

As autoridades participaram nesta operação:

Áustria: Federal Investigation Bureau
Chipre: Polícia do Chipre
Alemanha: Polícia Federal Criminal, Gabinetes Estaduais de Polícia Criminal, as forças policiais locais competentes e os Gabinetes de Investigação Aduaneira
Holanda: Polícia Nacional
Suécia: Polícia Nacional
Austrália: Força Policial da Austrália Ocidental, Comissão Australiana de Inteligência Criminal
Canadá: Polícia Montada Real Canadense
Reino Unido: Agência Nacional do Crime; Inteligência, recolha e exploração da Dark Web (DICE)
Estados Unidos: Departamento de Justiça, Federal Bureau of Investigation (FBI), Immigration and Customs Enforcement – Homeland Security Investigations, Drug Enforcement Administration (DEA), US Postal Inspection Service, Customs and Border Protection, Financial Crimes Enforcement Netw e Department of Defense.