Ordem dos enfermeiros considera uma oportunidade a recondução da Ministra da Saúde

Ordem dos enfermeiros considera uma oportunidade a recondução da Ministra da Saúde
Ordem dos enfermeiros considera uma oportunidade a recondução da Ministra da Saúde. Foto: Rosa Pinto

A Ordem dos Enfermeiros considera a recondução de Ana Paula Martins como Ministra da Saúde como uma oportunidade de estabilidade e continuidade, num setor marcado por grande rotatividade e promessas sucessivamente adiadas.

Esta recondução é uma oportunidade para consolidar o trabalho iniciado. Esperamos que o Governo cumpra os compromissos assumidos com os enfermeiros e avance com coragem nas reformas de que o SNS precisa. A Ordem manterá uma postura construtiva, mas exigente”, refere o Bastonário, Luís Filipe Barreira, citado em comunicado da Ordem.

Em comunicado a ordem dos enfermeiros indica que em apenas dez anos, o país conheceu cinco ministros da Saúde, que no entender da Ordem tem “dificultado reformas estruturais que exigem tempo”. Sendo que para a Ordem dos enfermeiros” a atual Ministra herdou uma realidade difícil, num SNS degradado por anos de desinvestimento”, mas “demonstrou, desde o início, proximidade com os profissionais, conhecimento técnico e vontade de construir soluções em diálogo”.

Para a Ordem dos enfermeiros com a recondução da Ministra, “o Governo tem agora condições para avançar de forma determinada. A reforma dos cuidados de saúde primários, o reforço dos cuidados continuados, a modernização das carreiras e a valorização real dos profissionais não podem continuar a ser adiadas.”

A Ordem dos enfermeiros indica que “entre as medidas por concretizar, destacam-se dois compromissos eleitorais assumidos pelo Governo que a Ordem acompanhará com especial atenção: a criação do internato em enfermagem e a atribuição da competência da prescrição aos enfermeiros no âmbito do desenvolvimento da prática avançada.”

Mas a Ordem alerta que “a governação da Saúde não pode ser feita ao sabor das notícias do dia. Exige visão estratégica, firmeza nas decisões e políticas sustentadas no tempo”. Para a Ordem “o país beneficiaria de um compromisso político alargado que blindasse a Saúde dos ciclos curtos e das lógicas de combate partidário.”

A Ordem dos Enfermeiros conclui que “continuará a defender os cuidados, os profissionais e os cidadãos”, e que “apontará soluções, mas também denunciará tudo o que ponha em causa a qualidade da resposta e a dignidade de quem cuida.”