Organização Mundial da Saúde alerta para sintomas da varíola dos macacos

Infetados pelo vírus monkeypox está a aumentar em todo o mundo. Em Portugal, o número de pessoas infetadas já confirmadas é de 297. A Organização Mundial da Saúde alerta para os sintomas e para os cuidados com os pacientes.

Organização Mundial da Saúde alerta para sintomas da varíola dos macacos
Organização Mundial da Saúde alerta para sintomas da varíola dos macacos. Foto: Rosa Pinto

O número de pessoas infetadas pelo vírus monkeypox está a aumentar em vários países. Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde indica que até ao dia 20 de junho já tinha confirmado a doença em 297 pessoas. No mundo, a Organização Mundial da Saúde indica que os números relatados, até dia 15 de junho, é superior a 2.100, mas que o número real será superior.

Sintomas

Em face à evolução da infeção a OMS alerta para se estar atento a sinais para identificar em pacientes a doença, como erupção cutânea que progride em estágios sequenciais: máculas, pápulas, vesículas, pústulas, crostas e que estão no mesmo estágio de desenvolvimento em todas as áreas afetadas do corpo. As erupções cutâneas podem ser acompanhas de febre, linfonodos inchados, dor nas costas e dores musculares.

Mas durante o atual surto, muitos indivíduos também estão a apresentar sintomas atípicos, que incluem uma erupção cutânea localizada com apenas uma lesão. A aparência das lesões pode ser assíncrona e as pessoas apresentar uma distribuição primaria ou exclusivamente perigenital e/ou perianal associada a linfonodos edemaciados e dolorosos. Alguns pacientes também podem apresentar infeções sexualmente transmissíveis e devem ser testados e tratados adequadamente.

A OMS alerta para a necessidade de aumentar a conscientização entre as comunidades potencialmente afetadas, bem como entre os profissionais de saúde e os trabalhadores de laboratório, para identificar e prevenir novos casos e gerir eficazmente o atual surto.

Diagnóstico

Qualquer indivíduo que se enquadre na definição de caso suspeito deve ser submetido a testes. A decisão de testar deve ser baseada em fatores clínicos e epidemiológicos, ligados a uma avaliação da probabilidade de infeção. Devido à variedade de condições que causam erupções cutâneas e porque a apresentação clínica pode ser mais frequentemente atípica neste surto, a OMS considera que pode ser um desafio diferenciar a varíola dos macacos apenas com base em análise física do paciente.

Cuidados com os pacientes

Para cuidar de pacientes com suspeita ou confirmação de estarem infetados com o vírus monkeypox é necessário o reconhecimento precoce por meio de triagem, que deve ser seguido de isolamento imediato e rápida implementação de medidas, como uso de mascaras pelos profissionais de saúde que cuidam de pacientes, cuidados com manuseio seguro da roupa de cama, entre outras medidas.

Os doentes devem ser monitorados e sujeitos a tratamento de complicações e condições de risco de vida, como progressão de lesões cutâneas, infeção bacteriana secundária de lesões cutâneas, lesões oculares e eventual desidratação grave, pneumonia grave ou sepse. Os pacientes com varíola símia menos grave devem ficar isolados em casa e com as devidas precauções para evitar a transmissão para outros membros da família e da comunidade.