O Parlamento Europeu (PE) considera positiva a proposta acordada entre os EUA e a Ucrânia para um cessar-fogo de 30 dias, e agora espera que a Rússia concorde também em por termo “a todos os ataques contra a população civil, as infraestruturas e o território ucranianos.”
Os eurodeputados também afirmam que a União Europeia (UE) é agora o principal aliado estratégico da Ucrânia e que deve ajudar o país a garantir o seu direito à autodefesa, dada a “aparente mudança” na posição dos EUA “sobre a guerra de agressão da Rússia”, “que incluiu culpar abertamente a Ucrânia pela guerra em curso”.
Para os eurodeputados a UE e os Estados-Membros devem manter o seu papel de maiores doadores à Ucrânia. Para “defender o direito da Ucrânia à autodefesa”, a UE e os seus Estados-Membros devem aumentar significativamente a tão necessária assistência ao país.
Capacitar a Ucrânia para resistir e impedir novos ataques russos
O PE afirma que a UE deve contribuir para garantias de segurança sólidas para a Ucrânia, com o propósito de dissuadir novas agressões russas. Os eurodeputados consideram que a Ucrânia deve ser capacitada para rejeitar acordos precipitados que debilitem a sua segurança a médio e longo prazo e possam sujeitar a Ucrânia e outros países europeus a uma nova agressão russa no futuro.
Entretanto, os eurodeputados afirmam que se opõem a quaisquer tentativas de chantagem aos dirigentes ucranianos, no sentido de se renderem com o único objetivo de facilitar um suposto “acordo de paz”.
Para os eurodeputados, como afirma a resolução do PE, aprovada por 442 votos a favor, 98 votos contra e 126 abstenções, “não pode haver negociações sobre a segurança europeia sem a presença da UE”. Entretanto os eurodeputados dizem-se “dececionados com a nova administração dos EUA pelo apaziguamento da Rússia e os ataques aos seus aliados.”
O futuro da Ucrânia passa pela integração na UE, insistem os eurodeputados, que apelam à aceleração das negociações de adesão. Ao mesmo tempo instam a UE a preparar-se para a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra com novos fundos, e defendem que “os ativos soberanos russos imobilizados ao abrigo das sanções da UE devem ser confiscados e utilizados para a defesa e reconstrução da Ucrânia”.
Mais ainda, o PE pede a aplicação de “sanções mais eficazes à Rússia, juntamente com medidas restritivas contra qualquer entidade que facilite a evasão às sanções e forneça ao complexo militar russo tecnologias militares e de dupla utilização.”