Portugal ganha prémio “Destino Turístico Acessível 2019” da OMT

Organização Mundial do Turismo OMT em parceria com a Fundação ONCE atribuíram o prémio “Destino Turístico Acessível 2019” a Portugal. O prémio reconhece o esforço do país no domínio da promoção da acessibilidade no Turismo.

Organização Mundial do Turismo OMT em parceria com a Fundação ONCE atribuíram o prémio “Destino Turístico Acessível 2019” a Portugal. O prémio reconhece o esforço do país no domínio da promoção da acessibilidade no Turismo.
Organização Mundial do Turismo OMT em parceria com a Fundação ONCE atribuíram o prémio “Destino Turístico Acessível 2019” a Portugal. O prémio reconhece o esforço do país no domínio da promoção da acessibilidade no Turismo. Foto: © Rosa Pinto

Portugal torna-se no primeiro país a receber o prémio de “Destino Turístico Acessível” da Organização Mundial do Turismo (OMT). A distinção foi entregue hoje, 10 de setembro, durante a 23ª Assembleia Geral da OMT, a decorrer em São Petersburgo, na Rússia.

O galardão “Destino Turístico Acessível 2019” foi entregue pela primeira este ano pela OMT em parceria com a Fundação ONCE, e reconhece o esforço de Portugal na promoção da acessibilidade no turismo.

Na Europa existe um mercado potencial de 90 milhões de turistas com necessidades específicas de mobilidade, pelo que a distinção torna-se muito importante ao posicionar Portugal como líder na acessibilidade.

O trabalho para tornar Portugal como país acessível tem vindo a ser desenvolvido como uma das prioridades no turismo tendo em sido lançado, em 2016, o programa All for All, “com o objetivo de capacitar a oferta turística nacional, criar roteiros acessíveis em todo o país, divulgar a oferta acessível de Norte a Sul e promover Portugal como destino inclusivo para todos”.

Têm vindo a ser criados roteiros acessíveis que estão disponíveis no Visit Portugal, e desenvolvidos guias de boas práticas. O Governo lançou uma linha de financiamento específica para apoiar projetos de acessibilidade no turismo, no âmbito do Programa Valorizar.

No âmbito do Programa foram, até ao momento, apoiados 116 projetos, que representam um investimento de 20 milhões de euros, tendo o apoio totalizado 14 milhões de euros. Entre os projetos apoiados estão, por exemplo, a criação de acessibilidade no Convento de Cristo, no Castelo de São Jorge, no Palácio Nacional de Mafra ou nas Caves Calém, em Vila Nova de Gaia.

No domínio digital encontra-se o portal e a app “Tur4All”, que permite conhecer a oferta hoteleira, de restauração e cultura para pessoas com necessidades específicas de mobilidade em Portugal e Espanha.

Ao nível do ensino, o Ministério da Economia, lembra, em comunicado, que nas “Escolas de Turismo, passou a ser incluído nos currículos dos alunos um módulo dedicado ao turismo acessível, com um total de 1.059 alunos formados nesta temática”.

O Ministério da Economia lembra ainda que para além do programa “Praia Acessível”, foi lançado este ano o programa “Festivais + Acessíveis”, com “o objetivo de distinguir os eventos que apresentem condições de acessibilidade para pessoas com necessidades específicas, como grávidas, seniores, pessoas em cadeira de rodas, invisuais, entre outras”.

Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, referiu: “Esta distinção é recebida com enorme satisfação e é um grande impulso para que Portugal se torne o destino mais inclusivo do mundo. Esta é uma questão de cidadania e este é também um segmento muito importante no Turismo mundial. Ainda há muito a fazer. Quem perde esta carruagem perde o comboio”.

Para Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, “este é o reconhecimento de um trabalho sólido e estruturado que Portugal tem estado a realizar em matéria de promoção de mais e melhores acessibilidades para todos”.

Para além da linha de financiamento ao Turismo Acessível, o Governo definiu o “Programa Mais Acesso, que irá apoiar projetos de promoção das acessibilidades em cerca de 50 municípios num valor global de 15 milhões de euros”, e vai “realizar levantamentos globais das condições de acessibilidade do edificado público que permitirá ao Estado elaborar planos plurianuais de melhoria da acessibilidade ao respetivo património”.