Portugal paga divida ao FMI até ao final do ano

Remanescente da dívida ao Fundo Monetário Internacional, num total de cerca de 4,7 mil milhões de euros, é pago, até ao final do ano, indica o Ministério das Finanças. Técnicos do fundo deslocaram-se ao país em mais uma missão de monitorização.

Ministério das Finanças
Ministério das Finanças. Foto: © Rosa Pinto

Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Mecanismo Europeu de Estabilidade procederam a consultas no país no âmbito do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro aplicado entre 2011 e 2014, de 27 a 30 de novembro.

O Ministério das Finanças (MF) indicou, em comunicado, que as instituições internacionais “atestam progressos significativos em áreas chave da economia portuguesa, com especial destaque para a forte dinâmica das exportações, a recuperação do investimento e a diminuição do endividamento das famílias e das empresas.”

“Depois de 20 trimestres consecutivos de crescimento económico com incidência setorial alargada, o mercado de trabalho continua a dar sinais de vitalidade com a taxa de desemprego a descer para 6,6% em setembro, o nível mais baixo desde setembro de 2002, enquanto o emprego cresce 2,1% em termos homólogos. O risco de pobreza e a desigualdade da distribuição de rendimento, segundo os dados mais recentes, continuam em queda” refere o MF.

O MF indica que vai reduzir a dívida pública com o pagamento, até ao final do ano e de forma antecipada, do remanescente da dívida ao FMI, “num montante equivalente a 4,7 mil milhões de euros”. A medida ocorre num contexto de condições de mercado favoráveis e contribui para a gestão mais eficiente da dívida pública, refere o MF.

Quando estiver concluído o pagamento integral do empréstimo, Portugal sai do processo de Post-Programme Monitoring do FMI.

“No setor financeiro, as instituições reconhecem o importante esforço de desalavancagem da economia, o fortalecimento dos balanços dos bancos nacionais e a redução do crédito malparado”, explica o MF, e acrescenta que as instituições “salientam também a importância de prosseguir as reformas em curso, permitindo a recuperação da saúde financeira da banca e o reforço da resiliência deste setor.”